(foto: Mikola Gnisyuk, Pessoas em Árvores, Centro de Fotografia Irmãos Lumière, Moscovo, foto reproduzida daqui e utilizada na capa do livro Paciência Com Deus)
Crónicas
Nestes três últimos domingos, frei Bento Domingues falou, nas suas crónicas no Público, do livro Paciência Com Deus, uma notável obra publicada recentemente pelas Paulinas. No sítio da Livraria Fundamentos na internet, podem ler-se as três crónicas, como aperitivo à leitura do livro. Aqui ficam três excertos dessas crónicas:
T.
Halík escreveu uma obra de teologia, num estilo pouco habitual. (...) Não
admira que seja saudada uma teologia que continua a apresentar-se com perguntas
antes de respostas feitas e que incita o pensamento a caminhar pelo mundo do
desassossego, das interrogações e dúvidas, o território onde se vive a
‘paciência de Deus’ (...)
[Este
livro] é um suave diluente das certezas eclesiásticas reconstruídas, de modo
estridente, nos anos 80-90 (...). Recupera, com mansidão, a memória interdita dos
‘padres operários’, o sentido da teologia da libertaçãoo, os caminhos ocultos
de deus na sociedade secular ocidental, sem se perder nas disputas e desavenças
entre ‘conservadores’ e ‘progressistas’. (...) O tecido desta obra é construído
por tudo o que tem sido desvalorizado, ocultado, marginalizado ou desfigurado
na apologética eclesiástica (...) O que realmente o preocupa é (...) o tempo de
escuta e de atenção a quem anda por outros caminhos, por carreiros e lugares ‘mal
frequentados’. O próprio Jesus tinha sido acusado de andar em más companhias.
O
livro Paciência com Deus não pretende
ser nenhum manual de viagem. É um testemunho, muito reflectido e documentado,
de uma grande peregrinação, atenta a tudo o que encontrou pelo caminho, sem dar
lições.
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