Há
um ecumenismo a duas ou mais velocidades? Um diálogo mais rápido entre
católicos e ortodoxos e mais lento entre católicos e protestantes e entre
ortodoxos e protestantes?
Apesar
dos avanços das últimas décadas – a assinatura da declaração de reconhecimento mútuo do baptismo, sábado passado, em Lisboa, é disso exemplo –, o diálogo
ecuménico sofre, pelo menos a nível institucional, ainda vários escolhos e
ambiguidades.
São
essas ambiguidades que o jornalista Silas Oliveira estuda no trabalho final do
Curso de Formação Avançada em Jornalismo e Religiões, que frequentou na
Universidade Católica entre Novembro de 12006 e Fevereiro de 2007. O artigo, a
cujo texto inicial foram acrescentados alguns parágrafos de actualização no
final de 2012, foi publicado na Revista Lusófona de Ciência das Religiões.
No
texto, o autor faz um percurso pelos textos doutrinais e por algumas das
posições oficiais católicas sobre o ecumenismo. “A Igreja Católica Romana
combateu consistentemente (e coerentemente) o movimento ecuménico desde o
início, defendendo o ‘primado de Pedro’ com documentos como as Encíclicas Ubi Arcano Dei (1922), Ecclesiam Dei (1923), Mortalium Animos (1928), mais tarde Mystici Corporis Christi (1943)”,
escreve. E acrescenta: “Em Junho de 1948, outro documento, um Monitum disciplinar, impediu qualquer
católico desejoso (e havia muitos) de participar na assembleia fundadora do
Conselho Mundial de Igrejas, em Amsterdão. A doutrina básica de Roma, nesta matéria,
é a de que “é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca permitiu aos
seus estarem presentes às reuniões de acatólicos, porquanto não é lícito
promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos
dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora,
infelizmente, eles se apartaram dela.” (in Mortalium
Animos)
O
artigo pode ser lido aqui na íntegra.
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