Crónicas
O tema dos refugiados atravessa duas das crónicas deste fim-de-semana. No texto de Domingo,
no Público, frei Bento Domingues
pergunta: Uma Igreja ou um Museu?:
Os cristãos, perante a tragédia de
dezenas de refugiados que fogem da morte devido à guerra ou à fome, não podem
dizer a estes abandonados: coragem, paciência! … A esperança cristã é
combativa, com a tenacidade de quem caminha rumo a uma meta segura. Ao
aproximar-se o Jubileu da Misericórdia, o Papa dirige um apelo às paróquias, às
comunidades religiosas, aos mosteiros e aos santuários de toda a Europa a
expressar o aspecto concreto do Evangelho e a acolher uma família de refugiados,
a começar pela minha diocese e pelas paróquias do Vaticano. Dirijo-me aos meus
irmãos bispos da Europa, verdadeiros pastores, que acolham este meu
apelo.
(...) Uma Igreja que seja
verdadeiramente segundo o Evangelho não pode deixar de ter a forma de uma casa
hospitaleira, sempre de portas abertas. As igrejas, as paróquias e as
instituições com as portas fechadas devem chamar-se museus.
(texto aqui na íntegra)
No sábado, já Anselmo Borges colocara no DN outra pergunta: Refugiados: que solução?:
Ninguém pode ignorar. As imagens
são trágicas, de horror: homens, mulheres, crianças, a correr ou encurralados,
fugindo da morte e em busca de um sítio para a esperança. E sabe-se que não se
pode ficar indiferente e que é preciso agir. Em nome de quê? Em nome da
humanidade que a todos une, independentemente de culturas, línguas, religiões
diferentes. Em nome de valores fundamentais que definem a Europa: a dignidade,
a solidariedade, os direitos humanos. Em nome das raízes cristãs. Merkel disse
bem: também porque somos cristãos. E há um investimento demográfico.
(texto aqui na íntegra)
Sexta, no CM, Fernando Calado
Rodrigues falara sobre O Papa e os jovens, na sequência da ida dos bispos portugueses ao Vaticano:
Os jovens afastam-se pelas mais
variadas razões, mas também por não encontrarem pessoas que os ajudem a
descobrir a novidade e até a irreverência do Evangelho de Jesus Cristo. “Hoje a
nossa proposta de Jesus não convence. Eu penso que, nos guiões preparados para
os sucessivos anos de catequese, esteja bem apresentada a figura e a vida de
Jesus; talvez mais difícil se torne encontrá-Lo no testemunho de vida do
catequista e da comunidade inteira que o envia e sustenta”, disse o Papa aos
bispos.
O desafio deixado pelo Papa, não
se dirige só aos bispos, aos catequistas, mas a todos os cristãos adultos que
se devem esforçar por dar um testemunho que cative e atraia a juventude.
(texto aqui na íntegra)
No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, Vítor Gonçalves
escreveu na Voz da Verdade sobre Ser
o maior:
Ser o último e o mais pequeno não
é convite à passividade ou ao complexo do Calimero (o pintaínho preto dos
desenhos animados, que se lamentava de ser vítima de injustiça por ser
pequenino)! É descobrir a grandeza de cada um pelo que é, e pelo que é chamado
a ser e a fazer pelos outros. É despir-se das aparências e libertar-se do
desejo de fama. É saber que o seu valor está no que é e não no que tem, e não
precisa do que é exterior para “ser inteiro” (como dizia Fernando Pessoa).
Assim, na criança, como símbolo desta “pequenez” podemos receber Jesus, “o
maior”, porque a sua grandeza não oprime ninguém, antes eleva todos!
(texto aqui na íntegra)
Texto anterior no blogue:
Uma geografia franciscana a partir das viagens do Papa
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