Valorizava a
relação entre a fé e a ciência e dizia mesmo que a teologia não pode prescindir
da ciência. O padre jesuíta Alfredo Dinis morreu domingo passado, em Braga,
onde residia, depois de meses a lutar contra uma leucemia.
Num texto que escreveu para a obra colectiva “Porque a Ciência se tenho Deus?” (ed.
Fronteira do Caos), reproduzido no site da Livraria Fundamentos, escrevia ele:
“O debate que, por vezes, parece
assumir a forma de conflito entre ciência e religião, encontra da parte dos
Cristãos em geral, incluindo os professores e investigadores em Teologia, com
poucas excepções, uma enorme indiferença (…) E, no entanto, podemos considerar
que a Teologia necessita da ciência pelo menos por três razões:
1) para encontrar um interlocutor
qualificado na sua tarefa de compreender o mundo e a vida;
2) para colaborar com a ciência na
tarefa comum de promover a civilização e a cultura, e de permitir à humanidade
tornar-se cada vez mais humana;
3) para introduzir modificações no
interior do próprio discurso teológico.”
Além
da notícia da sua morte, que pode ser lida aqui, vale
a pena ler também a evocação que dele é feita no site da Fundamentos (de onde também é reproduzida a foto).
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