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(foto reproduzida daqui)
Promover níveis
salariais dignos, prevenir a precariedade laboral, as irregularidades e a
evasão fiscal nos contratos laborais são algumas das recomendações de um
relatório europeu que a Cáritas Portuguesa apresenta, nesta terça-feira, 27 de Fevereiro, a partir das
10h30, no auditório Mário Murteira, no ISCTE-IUL (Av. das Forças Armadas
376), em Lisboa.
As recomendações,
diz uma informação da Cáritas, “resultam de um trabalho de auscultação da
realidade nacional, através das Cáritas diocesanas, organizações/instituições
nacionais que trabalham com jovens e na relação com os dados oficiais”. Também a
análise do impacto das políticas nacionais de combate à pobreza e à exclusão
social entre os jovens foi tida em conta.
Uma das principais
conclusões do relatório Os jovens
precisam de um futuro aponta para o facto de as políticas adoptadas na
última década não terem conseguido quebrar os ciclos de pobreza geracional. Em
Portugal, por exemplo, o desemprego juvenil chega aos 20,8 por cento (6,1 mais
do que a média da União Europeia) e 14 por cento dos jovens abandonaram a
escola (4 por cento acima da média da UE).
O relatório, da
responsabilidade da Cáritas Europa, debruça-se de forma mais pormenorizada para
os jovens estudantes, trabalhadores, desempregados e portadores de algum tipo
de deficiência. O estudo conclui que esta é a primeira geração de jovens a
enfrentar o risco de empobrecimento em relação à geração dos seus pais. E
acrescenta que se pode pressentir um novo tipo de pobreza juvenil: a dos jovens
casais trabalhadores que dificilmente conseguem suportar as despesas e
construir uma família. A situação destas pessoas deve ser levada a sério. “Se a
tendência se tornar normal, isso provocará sérias consequências para a coesão
social da Europa, modelos sociais e sistemas de protecção social. Corremos o
risco de ser uma sociedade que se afunda se nenhuma medida for tomada
agora", comenta Jorge Nuño Mayer, secretário-geral da Cáritas Europa, na
informação divulgada.
A iniciativa
assinala o início da Semana Nacional Cáritas que decorre, em todo o país, até
ao dia 4 de Março, com cuja iniciática a instituição pretende evidenciar a sua
actividade no combate à pobreza e exclusão social. No primeiro semestre de 2017,
a Cáritas atendeu mais de 68 mil pessoas. Problemas relacionados com o rendimento,
o trabalho e o sobre-endividamento continuam a ser as principais razões pelas
quais as pessoas procuram a instituição, seguindo-se os encargos com a saúde
que têm subido progressivamente.
Uma informação mais
completa pode ser encontrada aqui.
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