Natan Peres (foto Monique Kooijmans, reproduzida daqui)
“A comunidade [judaica] em Lisboa tem um legado muito importante, tem uma história muito rica, tem tradições. Mas temos muito para criar em relação à infraestrutura judaica, em relação à disponibilidade de alimentos ‘kasher’, ao ensino e a educação judaica. A ideia é criar uma estrutura judaica mais forte em Lisboa, recolocar o judaísmo português no mapa do judaísmo mundial”, diz o novo rabi da Comunidade Judaica de Lisboa, Natan Peres.
Nascido no Brasil há 44 anos, formado em Nova Iorque e Jerusalém como rabi, Peres chegou a Lisboa para ser o novo responsável religioso da sinagoga, substituindo o rabi Eliezer di Martino.
Em entrevista à Renascença, Natan Peres recorda o facto de, durante séculos, os judeus terem tido de fugir dos lugares onde viviam, o que os torna particularmente sensíveis à questão dos refugiados: “O povo judeu encontrou-se várias vezes, ao longo da história, numa posição de refugiados. Se há algum povo que pode compreender a situação dos refugiados e o quão difícil isso é, somos nós”, diz. “É nosso dever” ajudar os refugiados, acrescenta, e a Europa “ainda está a aprender a lidar com este influxo, uma realidade nova, em relação ao número de pessoas”.
O novo rabi também fala sobre a recente declaração dos EUA no sentido de reconhecer Jerusalém como a capital do Estado de Israel: “Estas questões políticas de vez em quando influenciam-nos a questionar coisas que não são questionáveis. A nossa ligação a Jerusalém é uma coisa que não se deve questionar. Agora, ser ou não ser a capital de um Estado judeu, é um departamento diferente. Cabe aos órgãos políticos resolver a questão do estatuto de Jerusalém.”
Em dia de Shabath judaico, um texto mais completo pode ser lido aqui.
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