No DN de sexta-feira passada, 23, Anselmo Borges fala do que considera Legislação
capciosa, para se referir a diversas
medidas legislativas aprovadas ou em curso no Parlamento:
Aqui, a argumentação tem de ser racional e não religiosa. De
qualquer modo, mesmo do ponto de vista religioso, sei que, na perspectiva
cristã, autonomia e teonomia coincidem, que Deus é misericórdia e não nos criou
para sofrer, existe a autonomia e a vida é um bem, um direito, e não um fardo,
que pode tornar-se insuportável. Mas o problema é outro. Trata-se de uma
questão civilizacional, e é preciso estar bem consciente dos perigos dramáticos
e temíveis que se corre. Por exemplo, com uma lei aberta à eutanásia e ao
suicídio medicamente assistido (lembra um oxímoro), não surgirá depois uma
pressão disfarçada e subtil sobre os doentes e os velhos, que acabará por ser
interiorizada por eles, para que exerçam o direito à eutanásia
"voluntária"?
(texto na íntegra aqui)
No Público de Domingo, 25, frei Bento Domingues fala da Amoris Laetitia e dos recentes debates a propósito do
acesso aos sacramentos dos católicos divorciados que voltaram a casar. Porque
será que a alegria do amor dá tanta tristeza?, pergunta o título:
Como tinham sido
muitas as tentativas de neutralização do caminho aberto por esse Concílio, o
Papa Francisco resolveu escancarar portas e janelas. A Igreja não é para a
Igreja, não pode ser auto referente. Introduziu, por isso, a linguagem e a
prática de uma Igreja de saída para as periferias. Deseja que os cardeais da
cúria, os bispos das dioceses, os párocos e os teólogos das universidades
abandonem a sua auto contemplação e passem a ser pastores, a terem o cheiro das
ovelhas, porque são estas as importantes. Os cristãos são um reino de sacerdotes.
Pertence-lhes a missão de oferecer a sua vida para a alegria do mundo todo.
A desgraça deste
Papa é não ser, apenas, palavras e bons conselhos. É o primeiro a viver e fazer
aquilo que propõe aos outros.
(texto na íntegra aqui)
Já na semana anterior, frei Bento Domingues tinha escrito
sobre o mesmo tema, sob o título A família nasce de uma bênção divina.
Vítor Gonçalves escreve na última edição do jornal Voz da Verdade sobre Subir
para descer, a propósito do episódio da
transfiguração de Jesus:
Nenhuma revelação
acontece para que tudo fique na mesma. Abre caminhos onde abismos ou muros
pareciam intransponíveis, oferece meios para novos passos, sacia e desperta
novas sedes. Não desistamos de subir aos montes onde se vê, respira e ouve
melhor. Mas não esqueçamos que a vida acontece na renovação dos caminhos da
planície, na conversão das escolhas e nas batalhas quotidianas. Não vemos como
Deus faz resplandecer tudo quando descemos ao encontro dos outros?
(texto na íntegra aqui)
Ilustração: Viens a mon secours (Vem em meu socorro), de Bernadette Lopez (Berna), reproduzida daqui
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