segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Legislação capciosa, alegrias do amor, subidas e descidas


No DN de sexta-feira passada, 23, Anselmo Borges fala do que considera Legislação capciosa, para se referir a diversas medidas legislativas aprovadas ou em curso no Parlamento:
Aqui, a argumentação tem de ser racional e não religiosa. De qualquer modo, mesmo do ponto de vista religioso, sei que, na perspectiva cristã, autonomia e teonomia coincidem, que Deus é misericórdia e não nos criou para sofrer, existe a autonomia e a vida é um bem, um direito, e não um fardo, que pode tornar-se insuportável. Mas o problema é outro. Trata-se de uma questão civilizacional, e é preciso estar bem consciente dos perigos dramáticos e temíveis que se corre. Por exemplo, com uma lei aberta à eutanásia e ao suicídio medicamente assistido (lembra um oxímoro), não surgirá depois uma pressão disfarçada e subtil sobre os doentes e os velhos, que acabará por ser interiorizada por eles, para que exerçam o direito à eutanásia "voluntária"?
(texto na íntegra aqui)

No Público de Domingo, 25, frei Bento Domingues fala da Amoris Laetitia e dos recentes debates a propósito do acesso aos sacramentos dos católicos divorciados que voltaram a casar. Porque será que a alegria do amor dá tanta tristeza?, pergunta o título:
Como tinham sido muitas as tentativas de neutralização do caminho aberto por esse Concílio, o Papa Francisco resolveu escancarar portas e janelas. A Igreja não é para a Igreja, não pode ser auto referente. Introduziu, por isso, a linguagem e a prática de uma Igreja de saída para as periferias. Deseja que os cardeais da cúria, os bispos das dioceses, os párocos e os teólogos das universidades abandonem a sua auto contemplação e passem a ser pastores, a terem o cheiro das ovelhas, porque são estas as importantes. Os cristãos são um reino de sacerdotes. Pertence-lhes a missão de oferecer a sua vida para a alegria do mundo todo.
A desgraça deste Papa é não ser, apenas, palavras e bons conselhos. É o primeiro a viver e fazer aquilo que propõe aos outros.
(texto na íntegra aqui)

Já na semana anterior, frei Bento Domingues tinha escrito sobre o mesmo tema, sob o título A família nasce de uma bênção divina.

Vítor Gonçalves escreve na última edição do jornal Voz da Verdade sobre Subir para descer, a propósito do episódio da transfiguração de Jesus:
Nenhuma revelação acontece para que tudo fique na mesma. Abre caminhos onde abismos ou muros pareciam intransponíveis, oferece meios para novos passos, sacia e desperta novas sedes. Não desistamos de subir aos montes onde se vê, respira e ouve melhor. Mas não esqueçamos que a vida acontece na renovação dos caminhos da planície, na conversão das escolhas e nas batalhas quotidianas. Não vemos como Deus faz resplandecer tudo quando descemos ao encontro dos outros?
(texto na íntegra aqui)

Ilustração: Viens a mon secours (Vem em meu socorro), de Bernadette Lopez (Berna), reproduzida daqui


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