Crónicas
No seu comentário aos textos da liturgia
católica de domingo passado, Vítor Gonçalves escrevia, que A esperança é uma coisa boa:
Passarão o sol e a lua, a terra e
os astros, mas a esperança que nos anima tem o rosto glorioso e feliz do Filho
do Homem. Por isso, nada do que é belo se perderá, nada do que é bom será
esquecido, nada do que é verdadeiro será apagado. A esperança vence o medo e
abre-nos à surpresa, convoca o melhor que há em cada pessoa e situação, ilumina
o que antes era escuro. Se acreditamos que é “uma coisa boa” o que falta para a
abraçarmos mais?
(texto aqui na íntegra)
Domingo, no Público, frei Bento
Domingues falava dos últimos episódios no Vaticano e da reforma que o Papa se
propõe continuar. Com o título Servir e não servir-se, escrevia:
Hubert Wolf, ao falar na
Igreja-Reforma da cabeça e dos membros, chama a atenção para o seguinte: “um Papa
que aplica em si mesmo o projecto de oposição à rica e faustosa Igreja papal –
isso tem uma potência explosiva. Francisco precisará de aliados influentes para
impor as suas reformas, de modo a que não lhe aconteça o mesmo que ao seu
antecessor Adriano VI: este Papa nascido em Utrecht ficou marginalizado em
Roma. O seu estilo de vida simples, que abdicou de toda a pompa da
autoencenação papal, a sua austeridade e a sua humilde piedade foram rejeitados
pela Roma renascentista. As suas ideias radicais de reforma ameaçaram a
alteração do estilo de vida de cardeais e prelados que se viam mais como
príncipes do Renascimento do que como homens da Igreja. Assim, não tardou muito
até que as Eminências lamentassem, num momento de fraqueza e impulso religioso,
ter elegido um reformador e começassem a torpedear todas as suas
iniciativas.
(texto aqui na íntegra)
Sábado, no DN, Anselmo Borges escrevia sobre Jesus e o Vaticano,
tocando as mesmas questões:
Esta reforma não apela apenas à
conversão pessoal. Ela tem de ser estrutural: exige instâncias de controlo do
poder, divisão de poderes. É preciso avançar sinodalmente, isto é, caminhar
juntos: o povo todo de Deus, que a hierarquia deve servir.
(texto aqui na íntegra)
Fernando Calado Rodrigues escrevia, no CM, ainda sobre o mesmo protagonista, mas na perspectiva d’O apelo do
Papa, feito na viagem a Florença:
No início desta semana o Papa
esteve presente em Florença no 5.º Congresso Nacional da Igreja Católica na
Itália. Num discurso que dirigiu aos 2500 participantes desafiou-os a refletir,
nos próximos anos, a “Evangelii Gaudium”. (...) Perante este apelo do Papa,
Andrea Tornielli, no sítio “Vatican Insider”, conclui: “Se o Pontífice convida
a retomar aquele texto evidentemente ele pressupõe que a Igreja italiana não o
tenha feito ou não o tenha feito suficientemente”.
E a Igreja portuguesa, fê-lo?
(texto aqui na íntegra)
Texto anterior no blogue
Cinquenta anos depois, o que é feito do que disse o Vaticano II sobre os leigos? - uma proposta para quinta-feira, em Lisboa
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