Na sua crónica deste Domingo, no Público, frei Bento Domingues refere
ainda o que se passou no Sínodo para perguntar, sobre outro tema: Que temos nós
a ver com os migrantes?:
Esta expressão está ameaçada. A UE
em vez de trabalhar pela união dos países desenvolveu um sistema no qual os
grandes comem os pequenos e ainda querem passar por benfeitores. As fronteiras
foram abolidas, mas não as fronteiras económicas. Os pequenos enriquecem os
grandes que ainda passam por preguiçosos. Quem procura entrar na Europa
encontra muros e mares de sepultura. Perante os migrantes, quem pensará que se
trata de gente da nossa família humana? E as chamadas famílias cristãs terão
olhos, inteligência e coração verdadeiramente cristãos para alterar as
políticas que vêm nos pobres uma ameaça?
Seria normal procurar no Sínodo
dos Bispos orientações para responder a estas perguntas. Ainda é cedo para essa
pesquisa. Não estamos no vazio. O Papa Francisco desenvolveu durante um ano,
nas audiências gerais de quarta-feira, uma reflexão sobre a família que
começa em Nazaré e termina com Os Povos. Não encontrei nada sobre a família
comparável a esses textos. Estão longe da usual e aborrecida linguagem eclesiástica.
Os diversos aspectos da vida familiar surgem a uma nova luz e abrem brechas de
esperança para as situações mais difíceis.
(texto aqui na íntegra)
(Nos dois domingos anteriores, frei Bento escreveu dois textos com o
título Sínodo das famílias ou dos bispos?, que se podem ler aqui e aqui)
Texto anterior no blogue
Do "nem sim nem não" do Sínodo dos Bispos à saúde a à morte como último tabu - crónicas de Anselmo Borges, Fernando Calado Rodrigues e Paulo Terroso
Sem comentários:
Enviar um comentário