terça-feira, 10 de novembro de 2015

O pouco, a pessoa, os 800 anos e Rio de Onor

Crónicas

No seu comentário aos textos da liturgia de domingo, Vítor Gonçalves escreve, sob o título O pouco que é tudo:

Jesus sublinha o contraste com os ricos que deram do que lhes sobrava, com os doutores da lei que viviam no luxo e a “devorar” as casas das viúvas, e até com a sumptuosidade do Templo que será destruido. Quando o pouco é tudo, e se oferece na confiança (como os cinco pães e os dois peixes da multiplicação) acontece o milagre!
Dizia Khalil Gibran: “A generosidade não está em dar aquilo que tenho a mais, mas em dar aquilo de que vós precisais mais do que eu.” Descobrir o que verdadeiramente precisa o outro eliminaria muita esmola inútil, e do pouco partilhado por muitos se mudaria o mundo!
(texto na íntegra aqui)


Sábado, no DN, Anselmo Borges faz uma reflexão sobre A pessoa: ser em tensão:

A própria Bíblia tem uma concepção unitária da pessoa. Por isso, não se crê na imortalidade da alma, mas na ressurreição dos mortos, não no sentido da reanimação do cadáver, mas da plenitude da existência da pessoa toda em Deus.
Mas, se a constituição do homem é a de um ser unitário, também é fundamental entender que é um ser em tensão. Habituados a pensá-lo como "animal racional", rapidamente esquecemos a animalidade, para ficarmos apenas com a razão abstracta. Escreveu Hegel: "O que é racional é real e o que é real é racional." 
(texto na íntegra aqui)


Domingo, no Público, Bento Domingues escreve sobre os oito séculos da Ordem Dominicana. Sob o título 800 anos é muito tempo!, escreve:

Para encurtar razões e exemplos, recorro a S. Tomás de Aquino, de quem Umberto Eco dizia: transformaram um incendiário num bombeiro. 
«Frei Tomás (…) nas suas aulas levantava problemas novos, descobria novos métodos, empregava novas redes de provas e, ao ouvi-lo ensinar uma nova doutrina, com argumentos novos, não se podia duvidar, pela irradiação dessa nova luz e pela novidade desta inspiração, que era Deus quem lhe concedeu ensinar, desde o princípio, com plena consciência, por palavras e por escrito, novas opiniões».
Cada sociedade tem a sua história e reescreve-a à medida que ela mesma muda. O passado só está definitivamente fixo quando deixa de ter futuro, dizia R. Aron. Desde a sua origem que a Ordem faz a sua história reescrevendo-a para hoje. Não reproduzimos o passado. Inovamos.
(texto na íntegra aqui)


No texto de sexta-feira, no CM, Fernando Calado Rodrigues escreve sobre o recente caso de prisão no Vaticano, a partir de um olhar local. Sob o título O pároco de Rio de Onor, escreve:

Só que esse não é, por regra, o procedimento correto. Neste caso nem se pode alegar uma eventual passividade de quem dirige, uma vez que o Papa criou a Cosea precisamente para atacar a corrupção e os desperdícios no interior do Vaticano que o monsenhor Angel terá passado à imprensa. Estas fugas de informação, afirmou a Santa Sé, “não ajudam de modo algum a estabelecer clareza e verdade, mas apenas geram confusão e interpretações parciais e tendenciosas”.
(texto na íntegra aqui)

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