sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Orações pela paz, carta aberta de uma muçulmana, o Vaticano e a guerra, e o “Imagine” de John Lennon

Agenda e crónicas


Imagem reproduzida daqui

Domingo, às 13h, uma oração inter-religiosa pela paz de corre na Mesquita Central de Lisboa, com a presença de vários responsáveis de diferentes comunidades religiosas. A notícia foi dada pelo presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa, Abdool Vakil, no debate de Actualidade Religiosa da Rádio Renascença, que pode ser ouvido aqui.
Também no Domingo, mas a partir das 16h, no santuário do Cristo-Rei, a Ajuda à Igreja que Sofre promove uma oração pela paz no mundo, tendo em conta realidades e acontecimentos recentes em países como a República Centro-Africana, o Iraque, a Nigéria, a Síria, o Sudão do Sul e a França. O programa pode ser lido aqui.

Sobre a questão do extremismo muçulmano que os atentados de Paris trouxeram de novo  ao debate público, Faranaz Keshavjee escreveu na Visão uma Carta aberta de uma muçulmana aos portugueses, na qual escreve:

Num mundo em que o diferente deixou de ser abstrato e distante, e no qual o desafio de viver juntos é cada vez mais complicado, e onde a maior informação pode significar menos contacto e até maior confusão, é imperioso que trabalhemos no sentido de uma nova ética cosmopolita, que não entende apenas as diferenças, mas faz por conhecê-las, e aprender com elas, para que olhemos para a diversidade como uma oportunidade e não como um peso.


No CM desta sexta-feira, Fernando Calado Rodrigues escreve, sobre O Vaticano e a guerra:

Em resumo: esmagar os terroristas, só por si, não garante que estes Estados Islâmicos não ressurgem noutros pontos, como aliás tem acontecido... É preciso investir, a sério, na melhoria da vida das pessoas, tanto nos países orientais, como nas cidades ocidentais onde estes fenómenos se têm instalado. E é necessário combater sempre o ódio e tentar construir a paz, suceda o que suceder.


No Igreja Viva, suplemento do Diário do Minho, Paulo Terroso escreve também a propósito dos acontecimentos de Paris. Sob o título O nosso canto de paz não é o “Imagine” de John Lennon, diz:

Também aqui é-nos oferecido um mundo de paz, “num só Corpo”, mas o caminho é todo um Outro. É que Jesus constrói a paz destruindo em si a inimizade e não o inimigo. Precisamos sim de declarações de guerra e de guerras santas, mas só se forem para destruir a inimizade, não os outros. E isto, como sustenta Cantalamessa, “não faz sentido só no âmbito da fé; vale também no âmbito político, para a sociedade”.


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