terça-feira, 17 de novembro de 2015

Cinquenta anos depois, o que é feito do que disse o Vaticano II sobre os leigos?

Agenda

Cinquenta anos depois da sua aprovação, a 18 de Novembro de 1965, o que é feito do decreto do Concílio Vaticano II sobre o apostolado dos leigos?
Na próxima quinta-feira, dia 19, às 21h15, uma sessão comemorativa procurará responder, em forma de debate, a esta e outras perguntas, numa iniciativa do Instituto Diocesano de Formação Cristã do patriarcado de Lisboa.
No seu número 7, o decreto Apostolicam Actuositatem (cujo texto integral pode ser lido aqui) diz:

“A vontade de Deus com respeito ao mundo é que os homens, em boa harmonia, edifiquem a ordem temporal e a aperfeiçoem constantemente.
Todas as realidades que constituem a ordem temporal-os bens da vida e da família, a cultura, os bens económicos, as artes e profissões, as instituições políticas, as relações internacionais e outras semelhantes, bem como a sua evolução e progresso -não só são meios para o fim último do homem, mas possuem valor próprio, que lhes vem de Deus, quer consideradas em si mesmas, quer como partes da ordem temporal total: «e viu Deus todas as coisas que fizera, e eram todas muito boas» (Gén. 1, 31). Esta bondade natural das coisas adquire uma dignidade especial pela sua relação com a pessoa humana, para cujo serviço foram criadas. Finalmente, aprouve a Deus reunir todas as coisas em Cristo, quer as naturais quer as sobrenaturais, «de modo que em todas Ele tenha o primado» (Col. 1, 18). Mas este destino, não só não priva a ordem temporal da sua autonomia, dos seus fins próprios, das suas leis, dos seus recursos, do seu valor para bem dos homens, mas antes a aperfeiçoa na sua consistência e dignidade próprias, ao mesmo tempo que a ajusta à vocação integral do homem na terra.
O uso das coisas temporais foi, no decurso da história, manchado com graves abusos. É que os homens, atingidos pelo pecado original, caíram muitas vezes em muitos erros acerca do verdadeiro Deus, .da natureza do homem e dos princípios da lei moral. Daí a corrupção dos costumes e das instituições humanas, daí a pessoa humana tantas vezes conculcada. Também em nossos dias, não poucos, confiando em excesso no progresso das ciências naturais e da técnica, caem numa espécie de idolatria das coisas materiais, das quais em vez de senhores se tornam escravos.”

Intervêm na sessão Juan Ambrosio (professor na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa), Maria do Rosário Carneiro (professora universitária), Alexandra Viana Lopes (juíza) e Jorge Wemans (jornalista).

O debate decorre na sede do IDFC, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus (ao Marquês de Pombal, em Lisboa).

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