Crónicas
No
seu comentário à liturgia católica deste Domingo, Vítor Gonçalves escreveu na
Voz da Verdade, sob o título Somos cegos?:
Já
não é um “coitadinho” (exclamação que certamente ouviu muitas vezes), mas
alguém com voz própria, capaz de atrapalhar a lógica escurecida e fechada dos
fariseus e dos judeus, interpelando com ironia, e denunciando a cegueira de
quem tudo afirma saber mas não está disposto a deixar-se interpelar por Cristo.
É a religião que tudo controla, tudo domina e tudo sabe, incapaz de se alegrar
com os milagres “fora do horário estabelecido” e com a surpresa de Deus não se
limitar aos seus conceitos. É tão fácil colar rótulos, de “pecador”, como a
este homem, ou tantos outros que prolongam a cegueira de quem os pronuncia,
rejeitando pessoas e o que podemos aprender com elas!
(texto
completo aqui)
Na
sua crónica de Domingo, no Público, frei Bento Domingues escreve, sob o título Afinal Jesus também tinha discípulas:
Quando
viram que Jesus era um rei crucificado, um perdido, [os discípulos] abandonaram-no.
Pelo contrário, as mulheres que o seguiram, por pura sedução, sem outra
convocatória – as verdadeiras discípulas – nunca o abandonaram, nem na vida nem
na morte. Quando os discípulos se afastaram, elas até no sepulcro o procuraram.
Estavam habitadas pela memória do seu Mestre.
Foi
a estas discípulas que Jesus manifestou que tinha vencido a morte e mandou-as
evangelizar os discípulos. É o único prémio daquelas que nunca procuraram
ganhar nada com o seguimento de Jesus: era só ele e a sua mensagem que as
interessava. Foram compensadas e toda a Igreja por meio delas.
(texto
completo aqui)
Sábado,
no DN, Anselmo Borges escrevia sobre a Mudança
de paradigma, a propósito do Sínodo dos Bispos católicos acerca da família,
que decorre em Outubro próximo:
Sobre
temas tão sensíveis como complexos, espera-se agora uma palavra evangélica,
positiva e humanizante, que não canonize o "vale tudo" nem caia no
simples legalismo e na moral da proibição. Estou convencido de que o legalismo
e o proibicionismo, acompanhados do não reconhecimento do princípio da
autonomia moral, foram causa fundamental do abandono da Igreja por parte de
milhões de pessoas.
(texto
completo aqui)
No
Correio da Manhã de sexta, Fernando Calado Rodrigues escrevia sobre A Igreja e a pedofilia, a propósito da
nova Comissão Pontifícia para a Tutela dos
Menores, nomeada há dias pelo Papa Francisco:
Com estas nomeações,
de quatro homens e quatro mulheres, o Papa revela argúcia política – escreve
John Allen, num texto no jornal “The Boston Globe” – e responde às duas
principais críticas que tem recebido. A primeira é a de nada ter feito no
combate à pedofilia. A segunda é a de, embora defendendo a importância da
mulher na Igreja, continuar a rejeitar a sua ordenação.
(texto completo
aqui)