sábado, 15 de agosto de 2015

A oração em Taizé: "participar e manter-se juntos na espera de Deus"

Comunidade propõe ícone da misericórdia, uma "representação completamente nova"


O ícone da Misericórdia, com cenas da parábola do Bom Samaritano

Quando os irmãos de Taizé se levantam, assinalando o final da oração da noite de sexta-feira, há uma pequena corrida de dezenas de jovens para ocupar os lugares deixados vagos.
Segue-se o momento da adoração da cruz e muitos querem ser os primeiros. Ficarão depois horas na igreja, em oração.
“Dans nos obscurités, allume le feu qui ne s’éteint jamais...”, cantam ainda quatro mil vozes. “Nas nossas obscuridades, acende um fogo que não se apague nunca.” O ritmo é pausado, a melodia repete-se. Os cânticos meditativos “permitem a todos participar e manter-se juntos na espera de Deus”, lê-se num pequeno texto da comunidade sobre a oração comum.
Se a oração é o centro da vida da aldeia - três vezes por dia, os jovens que estão em Taizé são convocados pela torre sineira, a 100 metros da Igreja da Reconciliação –, a oração de sexta-feira à noite é um dos momentos centrais em Taizé. 
A pequena comunidade da Borgonha (França), que reúne monges católicos e de diferentes origens protestantes, organiza a vida na aldeia num ritmo semanal, como se cada Domingo fosse a celebração da Páscoa.
Entre sexta e domingo, reza-se actualizando o mistério central da fé cristã: a morte e a ressurreição de Jesus.
O rito da adoração da cruz é feito com o ícone da cruz, da tradição ortodoxa, pousado no chão, com os jovens prostrados sobre ele. Durante duas, três horas, sucedem-se os cânticos, com a igreja ainda cheia de jovens.
Sábado à noite, a oração celebra a luz pascal. Milhares de pequenas velas acendem-se para festejar a ressurreição de Jesus.
(o texto pode continuar a ser lido aqui)

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