Comunidade propõe ícone da
misericórdia, uma "representação completamente nova"
O ícone da Misericórdia, com cenas da parábola do Bom Samaritano
Quando os irmãos de Taizé se
levantam, assinalando o final da oração da noite de sexta-feira, há uma pequena
corrida de dezenas de jovens para ocupar os lugares deixados vagos.
Segue-se o momento da adoração da
cruz e muitos querem ser os primeiros. Ficarão depois horas na igreja, em
oração.
“Dans nos obscurités, allume le
feu qui ne s’éteint jamais...”, cantam ainda quatro mil vozes. “Nas nossas
obscuridades, acende um fogo que não se apague nunca.” O ritmo é pausado, a
melodia repete-se. Os cânticos meditativos “permitem a todos participar e
manter-se juntos na espera de Deus”, lê-se num pequeno texto da comunidade
sobre a oração comum.
Se a oração é o centro da vida da
aldeia - três vezes por dia, os jovens que estão em Taizé são convocados pela
torre sineira, a 100 metros da Igreja da Reconciliação –, a oração de
sexta-feira à noite é um dos momentos centrais em Taizé.
A pequena comunidade da Borgonha
(França), que reúne monges católicos e de diferentes origens protestantes,
organiza a vida na aldeia num ritmo semanal, como se cada Domingo fosse a
celebração da Páscoa.
Entre sexta e domingo, reza-se
actualizando o mistério central da fé cristã: a morte e a ressurreição de
Jesus.
O rito da adoração da cruz é feito
com o ícone da cruz, da tradição ortodoxa, pousado no chão, com os jovens prostrados
sobre ele. Durante duas, três horas, sucedem-se os cânticos, com a igreja ainda
cheia de jovens.
Sábado à noite, a oração celebra a
luz pascal. Milhares de pequenas velas acendem-se para festejar a ressurreição
de Jesus.
(o texto pode continuar a ser lido aqui)
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