Crónicas
Dois dos cronistas habitualmente referidos neste blogue têm a sua
crónica interrompida neste mês de Agosto. Ainda assim, ficou por citar o texto
de frei Bento Domingues de 26 de Julho no Público, com o título Livros para férias:
A linguagem do Papa Francisco
vai-se difundindo. No entanto, dentro e fora da Igreja, ainda há muitos
obstáculos a vencer, por inércia, por indiferença, por oposição declarada e,
sobretudo, disfarçada. Daí que a grande leitura de férias poderá ser a
meditação d’A Alegria do Evangelho (EG) e do Louvado Sejas (Laudato
Si), que o Papa Francisco nos ofereceu.
E porquê? Porque abre todos os
horizontes, sem fechar nenhum e sem se perder nas nuvens. Propõe uma Igreja de
saída para a realidade, sem a pretensão de saber tudo. É uma abordagem da
natureza, da história e da Igreja por quem se considera aprendiz do mundo e do
Evangelho.
(o texto pode ser lido aqui na íntegra)
Na sua crónica no DN deste
sábado, Anselmo Borges escreve a propósito do Papa e de uma reportagem sobre
ele publicada na National Geographic.
Com o título Voz político-moral global,
diz:
"A descrição do Papa como um
super-homem, como uma estrela, é ofensiva para mim. O Papa é um homem que ri,
chora, dorme tranquilamente, e tem amigos, como as outras pessoas." Quem
isto diz é o Papa Francisco, dessacralizando o papado, citado por R. Draper num
artigo na National Geographic deste mês, com o título provocador:
"O Papa vai mudar o Vaticano? Ou o Vaticano vai mudar o Papa?" À
partida, digo que estou convicto de que é o Papa que vai mudar o Vaticano.
Seria péssimo para a Igreja e para o mundo se fosse ao contrário.
(o texto pode ser lido aqui na íntegra)
Na semana passada, Anselmo Borges escrevera sobre Liberdade e
dignidade:
A liberdade é o fundamento da
dignidade humana. Perante alguém livre, impõe-se o respeito (de respicere: ver
e ser visto no mútuo reconhecimento). Cá está: o ser humano não é coisa, não é
meio; por isso, não tem preço. Embora a liberdade humana seja finita e sempre
em situação, a pessoa pertence ao reino dos fins. Immanuel Kant viu isso bem:
as coisas têm um preço, porque são meios; o homem não é meio, mas fim e, por
isso, tem dignidade. A dignidade co-implica direitos fundamentais, que se impõe
reconhecer. As constituições democráticas reconhecem direitos fundamentais,
inalienáveis, não os concedem.
(o texto pode ser lido aqui na íntegra)
A propósito da preparação do Sínodo sobre a Família, Fernando Calado
Rodrigues referiu-se ontem, no CM, ao
documento dos bispos portugueses citado pelo Sol. Com o título Bispos contra o Papa?, escrevia:
Por isso, limitarem-se a dizer ao
Papa que se é a favor ou contra a comunhão dos recasados, é, manifestamente,
muito pouco. Ele, seguramente, espera muito mais da reflexão dos católicos
espalhados por todo o mundo.
(o texto pode ser lido aqui na íntegra)
Na semana passada, o mesmo autor escrevera sobre o caso de Canelas
(Gaia), sob o título Chantagem e difamação.
(texto anterior neste blogue:
Aqui, uma Igreja outra – crónicas de Vítor Gonçalves, Anselmo Borges e Fernando
Calado Rodrigues)
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