O Seder de Pessah (a ceia da Páscoa judaica) começa com perguntas, porque as
perguntas são a base da liberdade, diz o rabi Eliahu Birnbaum. Falando neste
vídeo, em castelhano, sobre a refeição ritual que recorda a saída dos
israelitas do regime de escravatura a que estavam sujeitos no Egipto dos
Faraós, o rabi Birnbaum acrescenta: “Uma pessoa que é um escravo não pode fazer
perguntas”. “Fazer uma pergunta significa expandir-se, expandir o seu
pensamento”, de modo a mudar o mundo e mudar-se a si mesmo”, acrescenta.
O rabi Eliahu
Birnbaum é responsável do movimento Shavei Israel, que procura aproximar
comunidades que se afastaram do judaísmo por circunstâncias diversas (aqui, pode ler-se uma
entrevista, em castelhano, sobre esse trabalho).
No Seder (que é celebrado hoje,
sexta-feira, 30 de Março, ou dia 14 do mês de Nisan do ano de 5778 do
calendário hebraico), não se trata de fazer apenas perguntas informativas
acerca do que aconteceu há uns 3200 anos atrás, acrescenta ainda Birnbaum. Mas
também perguntas “pessoais e existenciais”, de modo a que cada um sinta que
saiu também do Egipto – e não apenas os seus antepassados –, de forma a criar
“um vínculo entre a nossa geração e a geração que saiu do Egipto”.
(aqui pode ouvir-se, com a
tradução para português e em versão animada, uma interpretação de Echad Mi Yodea, a canção tradicional que
as crianças entoam, no início da refeição de Seder.)
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