Crónicas
Na
sua crónica de sábado passado, no DN, Anselmo Borges evoca a “fé” do ensaísta Óscar Lopes,
a partir de um debate sobre a fé, com o antigo bispo do Porto, D. António
Ferreira Gomes:
Não acreditava na promessa cristã da
ressurreição dos mortos, à sua espera. Mas, perguntado sobre a morte, concluiu:
"Eu acredito numa sobrevivência. Há simplesmente esta pergunta: o que é
que de mim desejo eu que sobreviva? E a esta pergunta eu não sou capaz de
responder. Para mim existe apenas uma esperança para essas aspirações, de que a
religião dá aproximações em mitos. Para mim, fica sempre a esperança, mas uma
esperança que, em sinceridade, não sou capaz de tematizar, quer dizer, de
reduzir a um símbolo, a uma imagem."
No
domingo, no Público, frei Bento Domingues falou da Europa:
Quando
se pensava que a Europa tinha optado definitivamente pela rota da cooperação e
da paz, deparamos com o regresso da desconfiança, de velhos ressentimentos, com
o retorno aos nacionalismos fatais, à desagregação que anunciam o caos, se nada
de substancial foi feito a tempo. A propaganda, os caminhos e os processos que
levaram à União Europeia fizeram sonhar com o paraíso.
Imaginar,
pensar e construir um projecto de integração tão espantoso e tão difícil exigia
lucidez e sabedoria política para integrar, sem esmagar povos de histórias e
culturas tão diferentes, e não apenas saídas de burocracias míopes. A moeda
única não pode, só por si, gerar automaticamente o “espírito europeu”.
O
artigo pode ser lido na íntegra aqui.
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