Hoje, no dia em que se soube que
o desemprego atingiu novos máximos históricos em Portugal (e na Europa...) vale
a pena ler o que dizia o cardeal Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, em
Buenos Aires, Páscoa de 2002 (texto citado no livro Papa Francisco – Conversas
com Jorge Bergoglio, ed. Paulinas):
“A história marcou a fogo no nosso
povo o sentido da dignidade do trabalho e do trabalhador. Existe algo mais
humilhante do que a condenação a não poder ganhar o pão? Existe forma pior de
decretar a inutilidade e inexistência de um ser humano? Pode uma sociedade, que
aceita tamanha iniquidade, escudando-se em considerações técnicas abstractas,
ser caminho para a realização do ser humano?”
No próximo domingo, o Papa
presidirá, no Vaticano (a partir das 16h de Lisboa) a um tempo de oração que
pretende marcar o dia do Corpo de Deus (ontem). A iniciativa pretende fazer uma
corrente de oração em todo o mundo, à mesma hora, tendo em atenção sobretudo aqueles que,
“nos mais diversos locais do mundo, são vítimas da guerra, do tráfico de seres
humanos, da droga e do trabalho escravo”. E também recordando o sofrimento das
crianças, bem como “todos os que enfrentam situações de precariedade económica,
principalmente os desempregados, os idosos, os imigrantes, os que não têm um
lugar para viver, os presos e aqueles que caíram na marginalidade”.
Desta quinta-feira, vem a notícia
da intervenção do observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, Francis Chullikat,
considerando urgente a adopção de políticas que permitam combater a fome, que
atinge “quase mil milhões de seres humanos” e apontando a falta de acesso á
alimentação e à água como “um escândalo e uma crise não apenas humanitária, mas
também “moral”.
Hoje, a propósito do Dia Mundial
da Criança que se assinala neste sábado, a Cáritas Europa pediu, em comunicado,
que a União Europeia e os seus estados-membros dêem prioridade ao combate à
pobreza em que vivem (ou arriscam viver) 25 milhões de crianças. Ou seja, uma
em cada quatro crianças vive exposta a situações de pobreza. Aqui pode ler-se na íntegra o comunicado da federação europeia das Cáritas.
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