Um
grupo de imãs muçulmanos esteve em Auschwitz quarta-feira passada, para rezar
pelas vítimas do Holocausto. Oriundos da Bósnia, Índia, Indonésia, Jordânia,
Palestina, Arábia Saudita, Turquia e a Estados Unidos, os líderes religiosos
rezaram segundo a forma tradicional muçulmana, descalços e voltados para Meca.
Junto do Muro do campo de concentração, onde milhares de prisioneiros forma
mortos e as marcas das balas são ainda visíveis, os imãs confessaram-se
comovidos. “O que se pode dizer? Ficamos mudos. O que se vê está para lá da
imaginação humana”, afirmou Mohamed Magid, presidente da Islamic
Society of North America (ISNA), citado pela AFP, que deu a notícia, também reproduzida
no Huffington Post.
Conhecidas as teses negacionistas que
se registam em alguns sectores do islão, esta notícia é deveras importante –
esta notícia é uma verdadeira notícia, no conceito básico de qualquer manual de
jornalismo. Por isso, é pena que ela não seja mais reproduzida noutros meios de
comunicação, para contrariar aquelas que dizem respeito à violência
inter-religiosa.
(Foto AFP/ Janek Skarzynski, reproduzida daqui)
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