Padre Joaquim Carreira, um dos portugueses
“Justos Entre as Nações” ontem evocados pelo Governo
O Ministério dos Negócios
Estrangeiros de Portugal divulgou ontem, sábado, 27, um comunicado assinalando
o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala anualmente
desde 2005, no dia em que o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, “expoente
máximo da barbárie nazi”, foi libertado.
Com este texto, o Governo
pretendeu afirmar que “Portugal evoca, também, aqueles que impediram o extermínio
de pessoas perseguidas pelo regime nazi. Homens e Mulheres que, pela sua
coragem e altruísmo, resgataram da morte milhares de judeus e outras vítimas do
ódio nazi. São disso exemplo os diplomatas portugueses Aristides de Sousa
Mendes, Alberto Teixeira Branquinho e Carlos Sampaio Garrido, bem com o padre Joaquim Carreira.”
O texto acrescenta: “Para manter
viva a memória daqueles que padeceram durante o Holocausto e para garantir que
nunca mais venha acontecer, é preciso continuar a investir na educação, no
respeito pelos direitos humanos, na defesa intransigente da dignidade de todas
as pessoas e na luta contra o ódio, a intolerância, a xenofobia, o racismo, o
antissemitismo e o preconceito. Este é um dever de todos.
O comunicado afirma ainda que enquanto
membro observador da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, “Portugal
reitera hoje o seu firme compromisso de manter viva a memória do Holocausto
contribuindo para que não se repita nunca mais”. Por isso, o Governo quis
juntar-se “a todos os que se recusam esquecer e que prestam homenagem às
vítimas do extermínio e da desumanidade nazi”.
A propósito do Dia Internacional
em Memória das Vítimas do Holocausto, a historiadora Irene Pimentel destacou a
actualidade dos acontecimentos que levaram ao Holocausto, referindo o que se
passa na Europa, nomeadamente em países como a Polónia ou a Hungria. E recordou
a afirmação do historiador inglês Ian Kershaw: “Se o crime foi
cometido por nazis, o caminho que levou a ele foi pavimentado pela indiferença.”
A crónica pode ser ouvida aqui.
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