terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A conversão do desejo e os antibióticos do Papa

Crónicas

Na sua crónica de dia 17 de Janeiro, no Público, que ainda aqui não tinha sido referida, frei Bento Domingues concluía, com o terceiro texto, a resposta à pergunta Com quem começar o novo ano:

O seu programa de libertação dos oprimidos resulta do jubileu da pura graça de Deus. Rompe e fecha para sempre o dia da sua ira e vê o mundo a partir das periferias sociais e religiosas.
Qual o maior obstáculo dos discípulos em entenderem o Mestre? Desejavam o mundo que Jesus recusou nas tentações messiânicas. Vem tudo no Evangelho de S. Marcos. Cristo teve de convocar uma reunião de emergência para resolver o mal-estar no grupo que o seguia. Primeiro de forma surda e depois de modo explícito verificou que só lhes interessava o poder. Jesus apenas os queria preparar para servir e eles preparavam-se para mandar.
Sem a conversão do desejo não há reforma possível. O Papa Francisco que o diga.
(texto para ler aqui na íntegra)


Domingo passado, Bento Domingues escrevia sobre Os antibióticos do Papa:

Dizem-me que a Igreja Católica, em Portugal, está a cair de sono. Alguns acrescentam: pode dormir à vontade porque só quando Fátima entrar em crise é que será preciso algum cuidado. Ainda não chegamos aí.
Bocas são bocas e má-língua é má-língua. Para o confronto com a realidade, talvez fosse preferível promover algumas sondagens e iniciativas de jornalismo de investigação para responder às seguintes questões:
Como reagem, que dizem e fazem os católicos portugueses – sejam eles leigos, religiosos, padres e/ou bispos - perante as actitudes, as intervenções, os gestos e as declarações do Papa Francisco?
Qual a influência das suas orientações no modo de viver a fé cristã nas paróquias, nas dioceses, nos movimentos, nas congregações religiosas, nos colégios e na universidade católica?
Como é recebida na vida pessoal, familiar, profissional, na intervenção social e política o seu exemplo e as suas propostas?
Será verdade que, na Igreja em Portugal, se desenvolvem várias formas de resistência activa e passiva à linha pastoral de Bergoglio?
Ter-se-á passado da papolatria para a Bergoglio-alergia?
Disseram-me que era muito duvidoso que alguém se pudesse interessar por um projecto desses. De qualquer forma, aqui fica a sugestão.
(texto para continuar a ler aqui)

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