A propósito da Semana pela Unidade
dos Cristãos, que hoje termina, o padre Pablo Lima, de Viana do Castelo, propõe
algumas ideias concretas. Num artigo com o título Um novo modelo de unidade, escreve:
Com certeza, ainda há muito por
fazer, mesmo no campo prático e acessível a todos. Neste ano jubilar da
misericórdia, a um ano de distância dos quinto centenário da Reforma, um uso
pastoral inteligente do tema das “indulgências” não pode esquecer que foi essa
questão prática a provocar o cisma de Ocidente… Uma nova sensibilidade teológica
deveria evitar que, num jornal católico, se chame “calvinista” a um teólogo da
Reforma, porque o termo é paralelo ao título “papista” aplicado aos católicos,
ou ainda, anunciar uma celebração ecuménica com o título de “encontro
inter-religioso”. E seria também oportuno que, sendo a comunhão sob as duas
espécies aquela que é referida nos textos evangélicos e a forma privilegiada
pela reforma litúrgica, se pudesse tornar normal que, em cada eucaristia, ao
menos alguns fiéis junto com o presbítero, pudessem comungar sob as duas
espécies, até conseguirmos o mesmo para a totalidade da assembleia celebrante.
(artigo completo para ler aqui)
Num outro texto, o padre Paulo
Terroso, de Braga, escreve sobre Bose:
onde a utopia da unidade dos cristãos é um lugar:
“Sem nunca os ter
procurado – assim se pode ler no página da internet
da comunidade – mas fruto de um grande dom do Espírito, desde o
princípio fazem parte da comunidade cristãos de várias confissões». Este dom do
Espírito levou a comunidade a “fazer um compromisso para a Unidade de todos os
cristãos na fidelidade à palavra de Cristo: ‘Que todos sejam um’ (Jo 17,21)”.
(texto completo aqui)
Na semana em que se celebra o
diálogo e a oração ecuménica de modo mais efectivo, a Ecclesia registou, na
rádio, o testemunho de Dina Rego, católica, e Alberto Teixeira, ortodoxo, que
casaram em Julho de 1994, segundo o ritual ortodoxo, numa pequena capela à
beira-Sado, em Setúbal.
Na celebração, Dina e Alberto
tiveram amigos católicos, ortodoxos e protestantes. Duas décadas depois, dizem
que é possível viver em casal diferentes realidades eclesiais: “Ou se ama a
pessoa inteira ou não há outra maneira”, diz ela. “Para a Dina, talvez tenha
sido mais difícil”, passando dos 45 minutos da missa católica para as quatro horas
que por vezes duram as liturgias ortodoxas, acrescenta ele.
A entrevista pode ser ouvida aqui.
Também a Rádio Vaticano foi ao
encontro da experiência de três jovens – uma italiana, uma irlandesa e uma
alemã – que estão na paróquia do Bonfim (Porto), a viver uma fraternidade
provisória durante um mês, proposta pela comunidade ecuménica de Taizé
(França). A reportagem pode ser ouvida aqui.
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