Crónicas
O vinho bom é o título do comentário de Vítor Gonçalves aos textos da liturgia
católica deste Domingo:
Não é com um discurso ou um “comício”
que Jesus inicia o seu ministério mas participando numa boda, a festa humana
por excelência, que, na própria Bíblia, é a imagem que melhor exprime a
comunhão de Deus com o seu povo. Quantos profetas descreveram o amor de Deus
pela humanidade com a linguagem esponsal de uma festa de amor! Ultrapassando a
profecia messiânica da “limpeza dos maus da sua eira”, Jesus não só participa
da festa como provoca os “falsos puritanos” que teriam visto na falta de vinho
um sinal de que já se teria bebido demais!
(texto integral aqui)
Na crónica de sábado, no DN,
Anselmo Borges escrevia a segunda crónica sobre O futuro da Igreja, inspirada no livro que Jean Delumeau acaba
de publicar em França:
Na obra que acaba de publicar, L'avenir
de Dieu, que é o seu "testamento" intelectual, espiritual e
religioso, Jean Delumeau, 92 anos, depois de mostrar que a grande falha da
Igreja foi ter-se convertido em poder, como vimos no sábado passado, apresenta
"pistas e proposições" para o futuro.
1. O governo da Igreja. Não
tem o governo da Igreja Católica de "ser profundamente repensado e
reconstruído", devendo estar "mais atento do que no passado aos
desejos e aspirações dos fiéis"? Não deveriam estes "poder escolher
os seus representantes que constituiriam uma espécie de parlamento da
catolicidade?"
(texto para continuar a ler na íntegra aqui)
Sexta-feira, no CM, Fernando
Calado Rodrigues escrevia sobre o Papa e refugiados:
No início desta semana o Papa
Francisco, no seu discurso anual aos embaixadores, garantiu que “a Santa Sé não
deixará jamais de trabalhar para que a voz da paz possa ser ouvida até aos
últimos confins da terra”. Aproveitou a oportunidade para denunciar, uma vez
mais, o problema dos que se vêem obrigados a abandonar a sua terra
pelos mais diversos motivos, entre os quais destacou a perseguição
religiosa.
Recordou que “toda a Bíblia nos
conta a história duma humanidade a caminho” e que até Jesus, segundo o Evangelho,
foi um refugiado no Egito. Para o Papa, na génese da crise humanitária que se
vive na Europa, está o individualismo e “a arrogância dos poderosos que
instrumentalizam os fracos, reduzindo-os a objetos para fins egoístas ou por
cálculos estratégicos e políticos”.
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