domingo, 10 de janeiro de 2016

Com quem começar o novo ano?; o futuro e a reforma da Igreja

Crónicas

A crónica de frei Bento Domingues no Público deste Domingo é o segundo texto com o título Com quem começar o ano novo?:

A cristologia, sem fundamento histórico, é vazia. Apesar do enraizamento de Jesus na cultura judaica, muito plural, isso não impediu um itinerário independente e original. Para os próprios judeus que o seguiram, Jesus era algo de muito novo.
Foi morto, de forma planeada, pelos Sumos Sacerdotes do Templo e pelas autoridades locais do império Romano, sob Pôncio Pilatos. Que terá havido no comportamento de Jesus para que um derrotado seja a base e o impulso de uma esperança invencível?


Sábado, no DN, Anselmo Borges dedicava um primeiro texto ao tema O futuro da Igreja:

Estive com ele uma vez, em Paris, e impressionou-me muito a sua imensa cultura e simplicidade. Intelectual de enorme prestígio, ocupou a cátedra de História das Mentalidades Religiosas no Ocidente Moderno, no Collège de France. Autor de numerosas obras mundialmente conhecidas, Jean Delumeau acaba de publicar L’Avenir de Dieu (O Futuro de Deus), com o seu percurso de vida intelectual e espiritual ao longo de 60 anos. Católico de fé assumida, diz-se “humanista cristão” e interroga-se sobre as inquietações do presente e o futuro do cristianismo. Do alto da sabedoria e da autoridade dos seus 92 anos, propõe, já na conclusão, uma série de reformas urgentes para a Igreja, que, dada a sua importância, apresento hoje e no próximo Sábado.


Sexta, no CM, Fernando Calado Rodrigues recuperava o discurso do Papa à Cúria Romana, antes do Natal. Sob o título A reforma continua…, escrevia:

Aos que trabalham na Cúria, bem como a “todos aqueles que querem tornar fecunda a sua consagração ou o seu serviço à Igreja”, o Papa propõe doze “antibióticos curiais”. A lista, em italiano, é um acróstico, em que a primeira letra de cada um dos antibióticos formam a palavra Misericórdia. (...)
O Papa adverte que este não é um “catálogo das virtudes” exaustivo. E apela a todos os que trabalham na Cúria “a aprofundá-lo, enriquecê-lo e completá-lo”. É seguramente um bom instrumento para todos os que têm responsabilidades na Igreja fazerem o exame de consciência à sua atuação e forma de estar.

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