Crónicas
No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, escreve
Vítor Gonçalves, com o título Das origens ao “hoje”:
Contabilizar o número de pessoas
que emigram, ou, dolorosamente, fogem da miséria e da guerra em busca de uma
vida digna longe das suas origens não é tarefa fácil. Milhares? Milhões? Ao
sabor das ondas noticiosas são lembradas de vez em quando. Não introduzo este
tema por ter soluções mágicas, mas porque as origens, a “terra” em que nascemos
e crescemos tem sempre alguma importância. É verdade que o P. António Vieira
dizia que um português tinha “para nascer, Portugal; para morrer, o mundo
inteiro”! Criamos raízes e fazemos casa em qualquer lugar onde possamos amar e
ser amados. Mas esqueceremos algum dia (pelas melhores ou piores razões) a casa
e a terra das nossas origens?
(Texto para continuar a ler aqui)
Hoje, no DN, Anselmo Borges
escreve sobre O pesadelo do teólogo:
Afinal, ocupamos um lugar
periférico no Universo. Pascal perguntava: "O que é um homem no infinito?
Apavora-me o silêncio dos espaços infinitos." Mas, por outro lado, é no
homem que este processo gigantesco toma consciência de si. Somos reflexivos e
temos autoconsciência: desdobramo-nos e reconhecemo-nos. Sabemos do bem e do
mal. E levamos connosco a pergunta inevitável e triturante do sentido, do
sentido último: qual o sentido de tudo?, porque há algo e não nada?, o que vale
a minha vida?, existimos porquê e para quê? Transportamos connosco a questão da
morte e de Deus, a dupla face do Absoluto.
(Texto aqui na íntegra)
Ontem no CM, Fernando Calado
Rodrigues refere a carta do Papa ao Fórum Económico Mundial, que hoje termina
na Suíça. Sob o título Os pobres em Davos, escreve:
O Papa aproveitou ainda para
apelar aos mais ricos e poderosos do mundo que não esqueçam os mais pobres. E
mais uma vez ergueu a sua voz para denunciar a “cultura do descarte” e da
indiferença perante a exclusão e o sofrimento de tantas pessoas, em todo o
mundo. “Não devemos permitir jamais que a cultura do bem-estar nos anestesie”
Desafiou os que têm nas mãos os destinos do mundo “a garantir que a vinda da
‘quarta revolução industrial’, os efeitos da robótica e das inovações
científicas e tecnológicas não levem à destruição da pessoa humana – ao ser
substituída por uma máquina sem alma – nem à transformação do nosso planeta num
jardim vazio para deleite de poucos escolhidos”.
(Texto aqui na íntegra)
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Terceiros Sábado: missas, amizades e conspirações contra a guerra colonial e a ditadura - reconstituição inédita de uma rede católica de oposição ao Estado Novo
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