Dios se siente solo
SAMIR GHARBI - 12/02/2006
JEUNE AFRIQUE L´INTELLIGENT, París, 11 / II / 2006
La Vanguardia
Según dos sondeos realizados en 65 países por el acreditado Instituto Gallup Internacional, el número de personas que afirman estar vinculados a una religión, sea cual sea, o afirman creer en cualquier Dios no cesa de disminuir: eran el 87% en el 2000, y sólo un 66% en el 2005. En todas partes, salvo en África, la práctica religiosa ha retrocedido: menos de un 21% en cinco años. Más de 50.000 personas han sido encuestadas. Según Gallup, son representativas de la opinión de 1.300 millones de habitantes. Pero el instituto no da ninguna explicación que pruebe el fenómeno y se limita a avanzar que el cambio de milenio ha suscitado un efímero empujón de fervor religioso... La regresión es casi general. El número de los que se vinculan a una religión ha pasado del 88% al 60% en Europa Occidental; del 84% al 65% en Europa del Este; del 77% al 50% en Asia-Pacífico; del 91% al 71% en América del Norte, y del 96% al 82% en Sudamérica. Sólo en África la situación prácticamente no ha evolucionado. Este continente sigue siendo el más religioso, con una tasa de creyentes del 91%, contra el 1% de ateos y el 8% sin religión. En Asia, que, desde este punto de vista, cierra la marcha, las cifras son respectivamente de 50%, de creyentes, 12% de ateos y 38% sin religión. Los resultados por países colocan a Ghana en primer lugar mundial por el número de creyentes (96%), seguido de otro país africano, Nigeria (94%). El jefe de filas de los ateos es Hong Kong (54%). Y los de sin religión, Tailandia (65%) ante Japón (59%). El sondeo de 2005 hace aparecer una relación de causa efecto entre el hecho religioso y la situación socioeconómica de la gente: a más nivel de educación, menos fenómeno religioso. Igualmente, el porcentaje de los creyentes baja a medida que los ingresos de un país aumentan... El único consuelo para los prosélitos de toda índole es que el envejecimiento se acompaña con una progresiva vuelta a Dios.
domingo, 12 de fevereiro de 2006
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006
Signis: Declaração sobre a controvérsia acerca das caricaturas de Maomé
SIGNIS (World Catholic Association for Communication)
Brussels, February 10th 2006
As a worldwide association of Catholic media professionals we join with all those who have strongly criticised the decision to publish the cartoons depicting the Prophet Muhammad which were published recently in the Danish newspaper, Jyllands Posten.
We wish, however, also to reiterate our unswerving commitment to the principles of freedom of speech and expression. Freedom of speech is a fundamental human right and the basis of free and democratic societies.
Freedom of speech, of course, is a responsibility as well as a right and in this instance the publication of the cartoons was deeply irresponsible. The cartoons were nothing more than stereotypical smears which were neither insightful nor effective.
But the provocation of the cartoons does not justify the violence and fanaticism of some of those who have protested against them. We support those Muslims who have condemned the violence and urged the protestors to rely solely on peaceful means. Furthermore, we condemn all forms of incitement to hatred on the grounds of religion, race or other characteristics. The antidote to extremism is dialogue and understanding between communities, whether religious or secular.
At our recent World Congress in Lyon we committed ourselves to joining with all those who are contributing to a Culture of Peace through the media. We reiterate that commitment and pledge ourselves anew to communicate through the media in ways that contribute to peace, build inter-religious and intercultural dialogue and foster democratic debate based on mutual respect and tolerance.
Marc Aellen, Secretary General
Augustine Loorthusamy, President
SIGNIS (World Catholic Association for Communication)
Brussels, February 10th 2006
As a worldwide association of Catholic media professionals we join with all those who have strongly criticised the decision to publish the cartoons depicting the Prophet Muhammad which were published recently in the Danish newspaper, Jyllands Posten.
We wish, however, also to reiterate our unswerving commitment to the principles of freedom of speech and expression. Freedom of speech is a fundamental human right and the basis of free and democratic societies.
Freedom of speech, of course, is a responsibility as well as a right and in this instance the publication of the cartoons was deeply irresponsible. The cartoons were nothing more than stereotypical smears which were neither insightful nor effective.
But the provocation of the cartoons does not justify the violence and fanaticism of some of those who have protested against them. We support those Muslims who have condemned the violence and urged the protestors to rely solely on peaceful means. Furthermore, we condemn all forms of incitement to hatred on the grounds of religion, race or other characteristics. The antidote to extremism is dialogue and understanding between communities, whether religious or secular.
At our recent World Congress in Lyon we committed ourselves to joining with all those who are contributing to a Culture of Peace through the media. We reiterate that commitment and pledge ourselves anew to communicate through the media in ways that contribute to peace, build inter-religious and intercultural dialogue and foster democratic debate based on mutual respect and tolerance.
Marc Aellen, Secretary General
Augustine Loorthusamy, President
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006
Cartoons sobre Maomé
O que mais me tem impressionado, no debate suscitado pela publicação das caricaturas de Maomé, é a afirmação de que a consideração da sensibilidade do outro, no exercício da liberdade de expressão, constitui uma fraqueza e uma ameaça a essa liberdade.
Sâo condenáveis as violências várias que a este propósito, os sectores radicais islâmicos desencadearam em diversas partes do mundo árabe, como são condenáveis os aproveitamentos do caso das caricaturas para outras "guerras". Mas, ao mesmo tempo, também não pode ser aceitável uma concepção da liberdade erigida em princípio supremo, sem cuidar dos efeitos do seu exercício, sem cuidar da existência de outras formas de ver o mundo e a vida. A existência individual e colectiva decorre de uma procura de equilíbrio entre vários valores fundadores dessa mesma existência, e não da sobreposição de um deles sobre todos os outros.
Custou ver, no debate de há dias do programa Prós e Contras, o especialista de relações internacionais Vasco Rato dizer com toda a clareza que, se para exercer a liberdade de expresão, tivesse de se preocupar com o que outros pensam ou sentem, a consequência seria ficar mudo e quedo, isto é, seria a anulação da liberdade.
O que mais me tem impressionado, no debate suscitado pela publicação das caricaturas de Maomé, é a afirmação de que a consideração da sensibilidade do outro, no exercício da liberdade de expressão, constitui uma fraqueza e uma ameaça a essa liberdade.
Sâo condenáveis as violências várias que a este propósito, os sectores radicais islâmicos desencadearam em diversas partes do mundo árabe, como são condenáveis os aproveitamentos do caso das caricaturas para outras "guerras". Mas, ao mesmo tempo, também não pode ser aceitável uma concepção da liberdade erigida em princípio supremo, sem cuidar dos efeitos do seu exercício, sem cuidar da existência de outras formas de ver o mundo e a vida. A existência individual e colectiva decorre de uma procura de equilíbrio entre vários valores fundadores dessa mesma existência, e não da sobreposição de um deles sobre todos os outros.
Custou ver, no debate de há dias do programa Prós e Contras, o especialista de relações internacionais Vasco Rato dizer com toda a clareza que, se para exercer a liberdade de expresão, tivesse de se preocupar com o que outros pensam ou sentem, a consequência seria ficar mudo e quedo, isto é, seria a anulação da liberdade.
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