sexta-feira, 30 de julho de 2010

"Livrar o Concílio das confusões pós-Concílio"?

Sob o título "Livrar o Concílio das confusões pós-Concílio", a agência Zenit dá conta destaque a uma recente conferência de Dom Guido Pozzo, secretário da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei,e ex-funcionário da Congregação para a Doutrina da Fé, além de teólogo e docente universitário. Esta "mise en importance" é fe através da entrevista a um "pároco em Bolonha", cujas competências para comentar e destacar o que disse Dom Pozzo são o ser "especialista" no modo "como as supostas rupturas com o Concílio foram exageradas pela mídia sensacionalista".
Salvo melhor opinião, sob a capa da "hermenêutica da continuidade", na interpretação do significado e alcance do concílio Vaticano II, firmemente defendida pelo Papa Bento XVI, está em curso, no terreno, uma "operação de terraplanagem" que visa limpar o que de mais incómodo o Concílio significou e reduzir o sopro do Espírito a "confusões" pós-conciliares.
Mas não há como ler o texto e pensar.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Visitas virtuais tridimensionais ao Vaticano

É possível visitar agora virtualmente alguns dos lugares mais significativos de Roma e do Vaticano, oferecendo detalhes que nem sequer ao vivo podem ser apreciados, segundo informação hoje divulgada pela agência Zenit.
Depois da Capela Sistina, que já se encontrava online desde Março,  é agora a vez do maior templo da Igreja Católica, no qual se guardam os restos do apóstolo Pedro, e ainda da Basílica de São Paulo Fora dos Muros e da Basílica de São João de Latrão.
Segundo a Zenit, o projeto envolveu, durante dois anos, estudantes da Universidade de Villanueva, na Pensilvânia (Estados Unidos), a quem foi permitido fotografar estas joias da arte de todos os tempos.
Milhares de fotografias foram tiradas recorrendo a uma avançada câmara motorizada sobre um trilho e posteriormente compostas e unidas digitalmente para criar um panorama virtual em projeção tridimensional. Os peregrinos e turistas virtuais podem utilizar o zoom e aproximar-se dos detalhes das obras de arte graças à elevada resolução.

domingo, 25 de julho de 2010

Bento Domingues sugere leituras de férias; Anselmo Borges fala de "pedofilia e ordenação de mulheres"

Bento Domingues no "Público" de hoje:
Anselmo Borges no DN de ontem:
"No passado dia 15, o Vaticano publicou um documento que actualiza as regras para a punição dos clérigos (padres, bispos ou cardeais) que abusam sexualmente de menores. São medidas que endurecem as penas e exigem que se torne realidade a "tolerância zero" para estes casos trágicos". Ler mais aqui.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Congo: se não fossem os missionários...

"A República Democrática do Congo está a celebrar o 50º aniversário da sua independência. Contudo, o fim do colonialismo tem sido afectado por uma governação desgraçada e manchada de sangue. Apenas o trabalho dos missionários, quer na educação quer no sector da saúde, tem prevenido o caos total". 
Assim abre um preocupante artigo de Jan de Volder na mais recente número da revista inglesa "The Tablet", intitulado "Anguish of a beautiful people - an african tragedy".
Ler o texto: AQUI.

domingo, 18 de julho de 2010

Bento e os "cristãos de aviário"; Anselmo preocupado com o restauracionismo na Igreja



"Penso que a autoridade moral da liderança da Igreja hoje nunca foi tão fraca. Por isso, na minha opinião, é importante que, em vez de dar uma impressão de poder, privilégio e prestígio, a autoridade da Igreja seja experienciada como humilde, procurando o ministério em conjunto com o povo, em ordem a discernir as respostas mais apropriadas e viáveis para questões complexas éticas e morais - uma liderança, portanto, que não presume ter sempre todas as respostas". Palavras fortes e raras de um bispo católico. No caso, Kevin Dowling, de Rustenburg, África do Sul, no contexto de uma reflexão para um grupo de católicos leigos influentes e dentro de uma análise "aberta e honesta" da presente situação da Igreja. Texto de Anselmo Borges no DN de 17 de Julho. Ler mais...


sexta-feira, 16 de julho de 2010

“«Urbi et Orbi»: a relevância da religião na vida pública globalizada”

Transporto para aqui a notícia colocada em comentário a um dos últimos posts:

“«Urbi et Orbi»: a relevância da religião na vida pública globalizada” é o tema da dissertação de doutoramento de Andreia Soares e Castro, que será discutida na próxima segunda-feira, dia 19, às 10h, no ISCSP, em Lisboa.

O estudo, que foi orientado por José Adelino Maltez, inscreve-se no ramo das Ciências Sociais, na especialidade de Relações Internacionais.Integram o júri, além do orientador, os professores doutores António de Sousa Lara, D. Manuel Clemente, Peter Stilwell, António Mendo Castro Henriques, Marcos Farias Ferreira e Helena Nunes Pereira que preside.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O silêncio

José Tolentino Mendonça

Página 1, 15.7.2010

Durante anos o compositor John Cage sondou a possibilidade de uma obra sem sons, mas impedia-o duas coisas: a dúvida se essa tarefa assim não estaria, desde logo, votada ao fracasso, porque tudo é som; e a convicção de que uma composição tal seria incompreensível no espaço mental da cultura do Ocidente.

Foi contudo sendo encorajado pelas experiências que se realizavam nas artes visuais, em particular a série de pinturas de Rauschenberg, de quem era amigo, algumas todas em preto,outras em branco. Assim, em Agosto de 1952, estreia a sua peça 4’33’’; num concerto onde também se interpretaram obras de Christian Wolff, Morton Feldman, Pierre Boulez.

A proposta de John Cage era completamente insólita: o músico devia subir ao palco, saudar o público, sentarse ao instrumento e permanecer, em silêncio, por quatro minutos e trinta e três segundos, até que, de novo, se levantasse, agradecesse à plateia e saísse. Na assistência instalou-se a polémica e choveram as vaias. Mas ao longo de toda a sua vida, John Cage referiu-se a essa peça com sentida reverência: “a minha peça mais importante é essa silenciosa; não passa um só dia que não me sirva dela para tudo o que faço”.

Susan Sontag, num ensaio que intitulou “A estética do silêncio”, pega, entre outros, neste exemplo de Cage para pensar no significado desta espécie de “fuga para o silêncio” que a arte e o pensamento contemporâneos têm sublinhado. Dá que pensar a frase com que abre o seu ensaio. Diz ela: “Cada época deve reinventar para si mesma o projecto de uma espiritualidade”.

(...)
Versão integral do texto: AQUI.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

"... e as revelaste aos pequeninos"

Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse:
«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos.»

Mateus 11,25-27

segunda-feira, 12 de julho de 2010

"Um longo e quente Verão" no Vaticano

"O Papa Bento XVI e seus principais conselheiros estão a enfrentar um longo e quente Verão, do ponto de vista da resolução de problemas e definição de estratégias. A invasão pela polícia belga da sede arquidiocesana e residências perto de Bruxelas, em 24 de Junho, deixou os funcionários do Vaticano  atordoados e ilustrou o quanto a crise do abuso sexual diminuiu permanentemente a Igreja aos olhos de algumas autoridades civis. Os bispos do país [que se encontravam reunidos] foram detidos durante nove horas, a polícia confiscou arquivos, computadores e telemóveis. A afronta maior ocorreu quando a polícia perfurou os túmulos de dois cardeais mortos e inseriu câmaras para procurar supostos documentos escondidos. Nada foi encontrado. A acção da polícia desencadeou  fortes críticas do Papa Bento XVI, que teve o cuidado, no entanto, de defender o direito das autoridades civis de investigar os abusos sexuais por parte de sacerdotes. Quatro dias depois, nos Estados Unidos, o Supremo Tribunal decidiu manter a decisão de um tribunal de primeira instância, em Oregon, que defende que o Vaticano não tem imunidade de responsabilidades potenciais relativamente a acções de um padre acusado de abuso sexual".
in America, The National Catholic Weekly, July 19, 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Bento dedica-se à razão e Anselmo à felicidade



"Não há dúvida de que é realmente isso que queremos: ser felizes. Mas, quando se trata de dizer em que consiste a felicidade, encontramos tremendas dificuldades". Anselmo Borges no DN de ontem. Ler mais aqui.

O primeiro Jesus, como um Alifas

(Ilustração de José Miguel Ribeiro em O Meu Primeiro Jesus)

Este é um livro de histórias de personagens misteriosas e aventuras várias: o jovem que foge nu, um leproso a quem não resta senão o desespero de um grito, uma mulher que parte um frasco de bálsamo valiosíssimo, um homem que empresta uma sala para uma última ceia…

Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, aventurou-se desta vez por territórios onde a teologia se expressa de um outro modo. Ou talvez não. Em A Condição Humana em Ruy Cinatti, a sua tese de doutoramento, Peter Stilwell já fizera da teologia uma narrativa. Agora, em O Meu Primeiro Jesus (ed. Dom Quixote), o autor vai buscar personagens misteriosas ou não identificadas dos evangelhos para contar a história de Jesus.

Ao contrário do que seria de supor num livro para os mais novos – em que a história de Jesus começa invariavelmente pelo Natal –, aqui, a história nasce a partir da memória da morte e ressurreição de Jesus. E o nascimento só ganha sentido com esse acontecimento central que é a Páscoa.

Há um misterioso personagem que assume o papel de narrador e que é identificado com o jovem rico que um dia pergunta a Jesus o que é preciso fazer para ter a vida eterna. É ele que escreve a João Marcos as suas memórias de algumas histórias de Jesus que ele presenciara. A forma como a história é construída, estabelecendo uma relação entre estes episódios, é muito bem conseguida.

O mais surpreendente, neste livro, é mesmo o modo como estas histórias remetem para aquilo que foi a expressão do cristianismo: uma história contada e recontada, de pessoa a pessoa, fazendo de Jesus uma pessoa viva. Não só para quem com ele convivera, como também para quem depois iria acreditar na sua ressurreição. “Entendi então a felicidade de Maria, e acreditei que qualquer coisa de extraordinário tinha acontecido”, diz o narrador, sobre o momento em que correra para o túmulo.

Ao lerem-se estas histórias, vem à memória o poema Agradecimento, que Ruy Cinatti dedicou a Peter Stilwell:

Foste o meu pequenino Peter a quem roubei o “Alifas”, o elefante de trapo. (…)
“Eu quero o meu Alifas, I want my Alifas, give it to me”
Eu já sabia: Tu querias Jesus Cristo e encontraste-o… (…)
E tu recompensaste-me depois mil anos múltiplos…
Ó Padre Peter Stilwell, tu emprestaste-me a tua tese de licenciatura sobre o verdadeiro Deus [visto por Bultmann (…)
esse grande teólogo da Igreja Triunfante, católico protestante e das galáxias!...
Obrigado Peter, beijo-te a face, sou eu que te persigo…
e em ti, um Alifas juvenil, Jesus Cristo de cognome.


É este “Alifas” que Peter Stilwell nos mostra neste seu livro. Com a contribuição das delicadas ilustrações de José Miguel Ribeiro. Um livro que é muito mais que uma obra para crianças e adolescentes.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Fazer silêncio para ouvir o Outro

“Ele [Papa Celestino V]pôs-se a viajar em busca da verdade e da felicidade, pôs-se em busca de Deus e, para ouvir sua voz, decidiu desligar-se do mundo e viver como eremita. O silêncio passa a ser assim o elemento que caracteriza sua vida quotidiana”.

Para nós, acostumados a viver “numa sociedade para qual todo o espaço e todo o momento devem ser ‘preenchidos’ com iniciativas, actividades e sons”, a verdade é que “com frequência não resta tempo para escutar e para dialogar”, razão pela qual o seu testemunho ganha especial importância, observou o Papa.

“Não tenhamos medo de fazer silêncio dentro e fora de nós, se quisermos ser capazes não apenas de perceber a voz de Deus, como também a voz dos que estão ao nosso lado, a voz dos outros”, exortou.

Bento XVI, nos 800 anos do nascimento de Pietro da Morrone, que se tornou Papa com o nome de Celestino V, eleito em 1294, tendo renunciado poucos meses mais tarde para regressar à vida de eremita. (Fonte: agência Zenit).

domingo, 4 de julho de 2010

Anselmo Borges diz que faz falta pensar; Bento Domingues pensa a partir das raízes imortais da alegria

Anselmo Borges no DN de ontem:

"Há na Lituânia - talvez também porque é um país com imenso sofrimento ao longo da história - umas estátuas, de tamanho diferente, do "Cristo pensador". É um Cristo sentado, com a cabeça levemente inclinada, de olhos fechados e com a mão encostada à face, precisamente na atitude própria do homem que pensa. Pensar vem do latim pensare, que significa pesar (razões), ponderar, examinar, avaliar, meditar e também pagar.

Em Portugal, não há muita tradição de pensar..." Ler mais aqui.

Texto de Bento Domingues no "Público" de 4 de Julho:

sábado, 3 de julho de 2010

"Sete dias que abalaram o Vaticano"

No National Catholic Reporter, o jornalista e vaticanista John L. Allen Jr escreve, nesta sexta-feira, sobre "sete dias que abalaram o Vaticano. Eis um excerto:


"É habitual o Vaticano procurar limpar os dossiês de assuntos pendentes antes de o papa se dirigir para o seu período de férias de Verão em Castel Gandolfo, o que Bento XVI vai fazer após a audiência geral desta quarta-feira. Isso geralmente contribui para uma enxurrada de notícias no final de Junho, o que foi este ano sobrecarregado por acontecimentos dramáticos que irromperam no Vaticano a partir do exterior.
Consideremos a torrente de grandes notícias do Vaticano nesta última semana:

* Uma série espectacular de buscas policiais contra a Igreja Católica, na Bélgica, como parte de uma procura de provas sobre abusos sexuais, incluindo a indagação nos túmulos de dois arcebispos falecidos, em busca de documentos ocultos, o que desencadeou uma guerra diplomática de palavras agrestes entre Bruxelas e Roma.
* Uma sessão quase surreal de kiss-and-make-up entre dois cardeais, Christoph Schönborn, de Viena, Áustria, e Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício e antigo Secretário de Estado do Papa João Paulo II. A reunião aconteceu depois de Schönborn ter acusado Sodano, em Abril último, de bloqueio num capítulo especialmente explosivo da crise de abuso sexual na Áustria.
* A decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos de permitir que um processo de abuso sexual contra o Vaticano em Oregon prossiga, e da apresentação de um novo processo contra o Vaticano (e contra a Ordem dos Salesianos) em Los Angeles, dois dias depois.
* Importantes mudanças em cargos do Vaticano, incluindo a nomeação do Cardeal Marc Ouellet, do Quebec para a liderança da ultra-poderosa Congregação dos Bispos, e de D. Kurt Koch, de Basileia, na Suíça, para substituir o Cardeal Walter Kasper como principal alto cargo ecuménico do Vaticano. Em geral, as nomeações exprimem o triunfo dos teólogos sobre os diplomatas no Vaticano, assegurando que homens que partilham as perspectivas teológicas e espirituais de Bento XVI estão agora firmemente no comando.
* A criação de um novo e marcante departamento do Vaticano, o "Conselho Pontifício para a Nova Evangelização", cuja missão é tentar despertar a fé no Ocidente, sobretudo na Europa, com o italiano D. Rino Fisichella nomeado como o seu primeiro presidente.
* As lutas para conter as consequências de um escândalo financeiro que roda em torno da Congregação para a Evangelização dos Povos, anteriormente conhecida como "Propaganda Fidei", com o Vaticano primeiro a admitir "erros de julgamento" e, vinte e quatro horas mais tarde, a insistir em que isso não deveria ser tomado como referência pessoal a [cardeal Crescenzio] Sepe.
* Uma audiência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para determinar se a exibição de crucifixos nas salas de aula das escolas públicas italianas viola a protecção europeia de direitos humanos e da liberdade de consciência.

Confrontado com esse dilúvio de notícias, a tentação óbvia é a de perder a perspectiva da floresta e olhar para as árvores. Aqui, gostaria de ir além dos detalhes e reflectir sobre a pergunta "o que significa tudo isso?" Há, claro, muitas respostas possíveis, incluindo a versão de Homer Simpson da navalha de Occam: "Porque tem de significar alguma coisa? Talvez se trate apenas de uma série de coisas que aconteceram ".

No entanto, sinto-me inclinado a pensar que a semana passada significa mesmo alguma coisa, e aqui está a minha primeira ousadia em expressá-la: colectivamente, acho que esses eventos simbolizam e antecipam a queda do catolicismo como maioria informadora da cultura no Ocidente.
Quando a poeira baixar, os decisores políticos na Igreja, em especial no Vaticano, estarão cada vez mais comprometidos com o que os teóricos sociais chamam "política de identidade", um mecanismo de defesa tradicionalmente invocado pelas minorias, quando confrontadas com o que percebem como uma maioria cultural hostil. (...)"

Continuar a ler: AQUI
Foto: Ruínas de convento em Pitões das Júnias.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Lenha e galinhas ajudam a pagar centro paroquial - JN

Por: Ana Peixoto Fernandes
Lenha e galinhas  ajudam a pagar centro paroquial

Um pároco de Paredes de Coura conseguiu mobilizar a população de três freguesias e construir um lar de idosos quase só com donativos. 400 mil euros deu o Estado, o resto, mais de 800 mil deu o povo... em géneros. Até um subsídio de Natal e uma quinta . (...)
(in Jornal de Notícias, 2.7.2010. Continuar a ler: AQUI)

Aborto, lei, ética e o que (não) se faz

Numa entrevista publicada domingo passado, no Público, o presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, Miguel Oliveira da Silva, chamou a atenção para a necessidade de rever aspectos negativos da aplicação da lei do aborto. Tendo estado do lado do "sim" no referendo sobre a despenalização, Oliveira da Silva diz que há mulheres a fazer dois e três abortos por ano e muitas das que interrompem a gravidez não comparecem à consulta de planeamento familiar prevista após o aborto.

Apesar de uma notícia posterior do mesmo jornal em que se diz que é uma minoria de mulheres que o faz (o presidente do CNECV não falava de maioria, dizia apenas que "há mulheres" que o fazem), vale a pena ler a entrevista.

Miguel Oliveira da Silva tinha estado, dia 15 de Junho, num encontro promovido por jornalistas que tratam informação religiosa, onde falou exactamente sobre alguns dos temas retomados na entrevista. A importância das suas declarações levou-me a sugerir uma entrevista no Público. Na versão on-line, ele fala também da questão da pedofilia na Igreja. A ler com atenção.
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