"A Santa Sé sabe que não pode prescindir das boas relações com a administração norte-americana. Há muita coisa em jogo. O encontro, no Vaticano, de Bento XVI com Barack Obama, revelou grande pragmatismo. Uma lição para a minoria conservadora católica dos Estados Unidos.
O Papa não deixou de relembrar a posição da Igreja sobre a defesa da vida - ofereceu ao presidente democrata uma cópia de Dignitatis Personae, um recente documento da Igreja sobre bioética -, mas optou pelo diálogo construtivo. Obama correspondeu com elogios à nova encíclica social.
Foram os interesses comuns, as matérias de convergência e eventual cooperação - o Médio Oriente, o diálogo com o Islão, a crise económica e financeira mundial, as migrações ou o apoio aos povos mais pobres - que marcaram a agenda. "Agradeço todo o seu trabalho e rezo por si", disse o anfitrião ao visitante..."

(excerto de artigo de opinião publicado na SIC Online, que pode ler na íntegra aqui)