segunda-feira, 28 de março de 2016

O frade que não acredita no Papa, mas crê num mundo de irmãos

Livro


Hoje mesmo, chegou às livrarias o livro Francisco – O Papa que põe a Igreja a mexer, que recolhe mais um conjunto de crónicas de Bento Domingues no Público

Este quarto volume da antologia das crónicas está centrado na figura do Papa Francisco e no movimento de reforma da Igreja – ou seja, há outros nomes e rostos que também aqui são referidos.

O livro está organizado em nove capítulos, cuja estrutura se apresenta no texto que serve de apresentação da obra. É esse texto que a seguir se reproduz, omitindo as notas de rodapé. texto é da autoria de Maria Julieta Mendes Dias e de mim próprio. 


O frade que não acredita no Papa, mas crê num mundo de irmãos

Acredita frei Bento Domingues no Papa Francisco? A pergunta pode parecer absurda, mas foi o próprio que, em Outubro e Novembro de 2014, escreveu duas crónicas com esse título: “Eu já não acredito no Papa Francisco”.
Jogando com a ironia, como tão bem sabe fazer, o nosso autor escreve, no segundo daqueles textos: “Não sou católico por causa do Papa Francisco, cujo projecto e práticas me dão muita alegria, não podendo dizer o mesmo de todos os que conheci, mas nunca poderei esquecer a minha dívida a João XXIII.”
Nesta frase, Bento Domingues resume algumas das suas ideias acerca deste tema: o centro da sua fé não é a figura do Papa (é, antes, Jesus Cristo, como não se cansa de repetir a propósito dos mais variados temas); está muito feliz com o programa e a prática de Francisco; e tem uma dívida para com João XXIII, o Papa que, em 1959, convocou o Concílio Vaticano II, outra grande inspiração para frei Bento, como se depreende também da leitura de muitas destes textos e igualmente veremos mais adiante.
Desde o início, ficou claro para Bento Domingues que a opção do nome de Francisco “encerra o seu programa”. A 29 de Junho de 2014, escrevia, justificando a escolha do ex-cardeal Bergoglio: “Optou pelos pobres nas diferentes periferias do mundo: geográficas, sociais, culturais e existenciais. Os seus gestos e as suas atitudes foram os seus primeiros e mais eloquentes discursos”.
As alegrias de frei Bento com este Papa começaram com a escolha do nome, mas também com outros factores. A 28 de Julho de 2013, escrevia: “O Papa Francisco mostrou que a reforma central do Vaticano tem de começar por gestos, atitudes, iniciativas, decisões que mostrem o que é e deve ser a Igreja e o Papa. Nenhuma reforma burocrática pode substituir as transformações da consciência de ser Igreja: um povo de mulheres e homens que se vão descobrindo como membros de uma grande família, ao serviço de toda a humanidade. Se o Papa não for o primeiro a testemunhar que este é o caminho, será o primeiro a desviar as pessoas do caminho de Cristo.”


* * *

Também pelas razões que ficam ditas e por outras que adiante ainda se explicarão, uma intuição se nos impôs claramente, desde o início: na organização de uma antologia destes mais de 23 anos de crónicas de Bento Domingues no Público, um dos volumes deveria ser dedicado ao movimento de mudança e renovação da Igreja Católica. Se o Papa João XXIII e o Concílio Vaticano II por ele convocado foram a inspiração marcante, nas últimas décadas, para muitas das ideias que Bento Domingues defende, a renovação do catolicismo concretiza-se, nos últimos três anos, nas reformas que o Papa Francisco veio claramente impulsionar (através dos seus “gestos, atitudes, iniciativas, decisões”). Desde a escolha do nome e o seu primeiro “boa noite” na varanda central da Basílica de São Pedro até às decisões relativas à reorganização da Cúria, à proposta de um novo olhar sobre a realidade familiar, ao empenhamento na política ou ao movimento mais largo de olhar para as periferias existenciais, culturais e geográficas. E tudo isso é estudado, aprofundado e reflectido nas crónicas de frei Bento.

A Uber da confissão, a Igreja e a tecnologia

Crónicas

A relação da instituição eclesiástica é o mote de duas crónicas recentes. A 17 de Março, no Igreja e Media, Paulo Terroso escrevia sobre Geoconfess, a Uber da confissão:

Tanguy Levesque, um católico francês de 40 anos e pai de seis filhos, criou uma aplicação verdadeiramente disruptiva: a GeoConfess. Uma aplicação que liga “os confessores com falta de penitentes, com os penitentes com falta de confessores”, assim se lê página da internet da plataforma. O funcionamento é simples. O sacerdote inscreve-se na plataforma indicando o local onde se encontra, os dias e horários em que está disponível para confessar. Informações que podem ser alteradas dependendo da deslocação e disponibilidade do confessor.
(Texto disponível aqui)


No dia 18, Fernando Calado Rodrigues falava sobre o mesmo tema, precisamente sob o título Igreja e tecnologia:

Uma outra transformação está também a verificar-se no que se passa pela Internet. Há bem pouco tempo falava-se de “realidade virtual”, de “comunidades virtuais” e até de “paróquias virtuais”. Cedo, porém, se começou a perceber que o que acontece na rede é cada vez menos virtual e é, cada vez mais, uma extensão da vida real – um espelho da realidade, até. Por isso, as comunidades virtuais converteram-se em redes sociais. E, tal como tudo na vida, o que acontece e se transmite on-line pode ter os seus efeitos positivos, mas pode igualmente ampliar e acentuar efeitos perversos. Compete também à Igreja aproveitar todas as potencialidades das ainda consideradas novas tecnologias e alertar para os seus perigos.
(Texto disponível aqui)


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Vida, esperança, paixão e o dia novo - Crónicas de Páscoa

domingo, 27 de março de 2016

Vida, esperança, paixão e o dia novo

Crónicas de Páscoa

Das últimas duas semanas, reproduzem-se a seguir as crónicas com reflexões provocadas pela Páscoa. Ontem, no DN, Anselmo Borges escrevia, sob o título Esperança enlutada:

Em Domingo de Páscoa, lembro E. P. Sanders, da Universidade de Oxford, que, na sua obra A Figura Histórica de Jesus, quis dar uma visão convincente do conjunto da vida do Jesus real (...). também sabemos que, "depois da sua morte, os seus seguidores fizeram a experiência do que descreveram como a "ressurreição: aquele que tinha morrido realmente apareceu como "pessoa viva, mas transformada". "Acreditaram nisso, viveram-no e morreram por isso". Assim, criaram um movimento, que cresceu e se estendeu pelo mundo e mudou a história. Grande parte da humanidade foi atingida por esse movimento e pela esperança que transporta de Vida eterna.
(texto na íntegra disponível aqui)

Ilustração de Sieger Köder, 
reproduzida daqui

No Domingo passado, Vítor Gonçalves escrevia sobre Voltar à Paixão:

A salvação que Jesus trouxe vive-se todos os dias em que vencemos a morte com mais vida, em que colocamos todas as forças e qualidades ao serviço do maior bem, em que recusamos poderes ou glórias pessoais para que a felicidade seja para todos. A paixão de Jesus relembra-nos que a tentação de julgar é desculpa para não mudarmos, que a ânsia de milagres pode ser recusa de uma relação de amor e confiança com Deus, que mesmo num último momento é possível a compaixão e a abertura à vida sem fim.
Queremos entrar cada vez mais nesta Paixão de Jesus, que nos apaixona por erradicar os calvários do mundo?
(texto na íntegra disponível aqui)


No dia 13, o mesmo autor escrevia sobre Tirar ou dar vida:

Poucos dias depois de assinalar-se o Dia Internacional da Mulher, o encontro de Jesus com a mulher adúltera do Evangelho de João revela uma actualidade premente. Segundo a organização não-governamental Action Aid, a violência doméstica é responsável pela morte de cinco mulheres por hora no mundo. No Largo Camões, em Lisboa, foi inaugurada nesse dia 8 de março, uma exposição dos jornalistas Teresa Campos e José Carlos Carvalho (da revista Visão) que percorreram Portugal para dar a conhecer as histórias das 28 mulheres “mortas por quem dizia amá-las” ao longo de 2015. Em 2014 tinham sido 42. A Action Aid prevê que mais de 500 mil mulheres serão mortas por seus parceiros ou familiares até 2030! Noutro tempo e lugar, em contexto de infracção à Lei, Jesus deteve a fúria sanguinária de quem queria agir “em nome de Deus”, para tirar a vida à mulher apanhada em adultério!
(texto na íntegra disponível aqui)


Domingo passado, frei Bento Domingues escrevia sobre A Páscoa do escravo:

Diz-se que o Papa alterou o ritual da 5ª feira Santa: as mulheres já podem ser incluídas na cerimónia do lava-pés. É uma forma miserável de anestesiar e reduzir o sentido da intervenção do Papa. A alteração que o seu gesto visa provocar não é de tipo ritual, mas de acção transformadora. Pertence ao seu programa de ver o mundo a partir dos excluídos. Levar o centro às periferias.
(texto na íntegra disponível aqui)


O gosto perverso de acusar era o título da crónica de frei Bento, há duas semanas atrás:

Nas sociedades ocidentais, esta prática desarmada por Jesus já não é a mais comum. Em questões de sexo, vale tudo ou quase, embora o voyeuirismo ainda alimente alguns meios de comunicação social. Mas o gosto perverso de acusar, de encontrar alguém em falta, dentro e fora das religiões, nos espaços sagrados ou profanos, diz-nos que os fariseus e os escribas ainda não são uma espécie em extinção. Quem dera! Mas ainda persiste o gosto de novas formas de apedrejar “suspeitos” em praça pública.
(texto na íntegra disponível aqui)


Na semana passada, Anselmo Borges escrevia sobre A paixão e a política:

Pascal observou agudamente nos Pensamentos: Jesus estará em agonia até ao fim do mundo; é preciso não dormir durante este tempo.” Todos sabemos do calvário do mundo, e as personagens são as mesmas.
(texto na íntegra disponível aqui)


No dia 12, o mesmo autor escrevia, sob o título Bem-aventurados os ricos:

O que está em vigor são as bem-aventuranças ao contrário, como escreve Jesús Mauleón: "Bem-aventurados os ricos, porque têm massa, manjares, luxo e abundância para pagar todas as suas necessidades e caprichos. Bem-aventurados os ricos, porque muita gente crê que são mais respeitáveis do que os pobres. Bem-aventurados os ricos, porque podem permitir-se ter à sua volta gente que os serve e lhes recorda que o são. Bem-aventurados os ricos, porque, embora neste mundo nem tudo se possa comprar com dinheiro, pode-se comprar tantas coisas e tantas pessoas... Bem-aventurados os ricos, porque, quanto mais dinheiro acumulam, embora não seja muito claro como, mais espertos parecem." Etc.
(texto na íntegra disponível aqui)


No comentário aos textos da liturgia católica deste domingo, Vítor Gonçalves escreve, sob o título O dia novo:

Primeiro foi a espera. A dos discípulos, tolhidos pelo medo, fechados talvez na casa onde Jesus os reunira na ceia. E a de Maria, que foi ao túmulo, envolta num amor que o sofrimento não apagou totalmente. Perante a pedra retirada e o sepulcro vazio, a incredulidade de Pedro e a fé de João, continuam a ser espera. Quantas esperas existem em nós como vazios desejosos de plenitude? Em palavras ou em silêncio, esperamos, e isso, tantas vezes sem o sabermos, é já abertura para o encontro e a comunhão com Deus. Jesus veio como o jardineiro, humilde e sem triunfalismos, chamar Maria pelo nome; veio como o amigo que nenhuma parede pode deter, dar a paz aos discípulos. Este é o dia novo em que toda a esperança se realizou. O dia novo que nos faz novos!

Esta é a noite que velamos

Esta é a noite em que velamos

a igreja estava às escuras quando entrei, vindo da rua iluminada, os olhos demoraram a adaptar-se às sombras que se adivinhavam, os andaimes postos a subirem ao céu que se pinta no teto bem no alto do templo, e assim ficaram templo e sombras a ganharem novos contornos mais definidos à medida que a noite se iluminava. Primeiro a palavra, as palavras, depois o cântico, por fim a luz que compôs rostos e corpos, andaimes e plásticos, numa metáfora que feiava a igreja mas embelezava a notícia da vitória da vida. Dos andaimes que precisamos de permanentemente manter na construção que é a nossa vida, esta vida - e Bruxelas e Paris e Aleppo e Abidjan e Ancara e o mar Mediterrâneo e o golfo de Aden e todos os mapas que preferíamos não escrever com as palavras da violência e da morte. A luz invadiu de vez o templo. Surrexit Dominus vere.


Esta é a noite... mais luminosa que o dia.

(texto e sugestão de canto reproduzidos daqui)

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Farricocos, espiritualidade, tradição e património


sábado, 26 de março de 2016

Farricocos, espiritualidade, tradição e património


Foto Gonçalo Delgado/Global Imagens, reproduzida daqui

Um misto de cultura, tradição, religiosidade popular, espiritualidade e gastronomia é o que traduzem as cerimónias da Semana Santa de Braga, que decorrem até este Domingo de Páscoa.
Os rituais provêm das peregrinações que, a partir do século IV, os cristãos faziam a Jerusalém. Mas será só a partir do século XVI, com a criação das irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz, que se organizam as procissões da Semana Santa.
Entre “farricocos”, penitentes, matracas, turistas e peregrinos, as cerimónias incluem as procissões dos Passos, da Senhora da Burrinha, do Ecce Homo e do Enterro do Senhor. Uma tradição que a comissão das solenidades prepara para candidatar a Património Imaterial da Humanidade.
Manuel Vilas Boas fez, na TSF, uma reportagem sobre a Semana Santa de Braga, que pode ser ouvida aqui.


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Lavar os pés, comer juntos e despertar um fogo - os símbolos das liturgias de Páscoa

sexta-feira, 25 de março de 2016

Lavar os pés, comer juntos e despertar um fogo


Ilustração: Bernadette Lopez, Berna, 
O lava-pés (5), reproduzida daqui

O Papa Francisco disse, quinta-feira à tarde, que o tráfico de armas é uma das razões dos atentados terroristas. Foi na celebração da Última Ceia de Jesus, durante a qual cumpriu o rito do lava-pés, um dos símbolos da Páscoa. Este texto fala desse símbolo, da refeição, da cruz e do fogo. Foi publicado na edição de hoje do Diário de Notícias:

O Papa Francisco celebrou ontem a liturgia do lava-pés, com um grupo de refugiados de vários países e religiões, incluindo muçulmanos e hindus. “Todos irmãos, filhos do mesmo Deus, que queremos viver em paz”, disse o Papa.
No final da cerimónia, no centro de acolhimento de Castelnuovo di Porto, 30 quilómetros a norte de Roma, vários cristãos coptas começaram a cantar. “É belo viver juntos, como irmãos, com culturas, religiões e tradições diferentes. Mas somos todos irmãos e isto tem um nome: paz e amor. Obrigado”, disse Francisco, antes de passar por todas as filas a saudar os refugiados, um por um, os quase 900 refugiados (incluindo 554 muçulmanos), de 26 nacionalidades.
Na homilia, o Papa referiu os atentados de Bruxelas: por trás do terroristas, estão também “os que fabricam e traficam armas”, que “querem a guerra”, disse. “Pobres daqueles que compram armas para destruir a fraternidade.”
Francisco ajoelhou depois perante oito homens e quatro mulheres: uma funcionária do centro, quatro nigerianos católicos, três ortodoxas da Eritreia, um hindu e três muçulmanos da Síria, Paquistão e Mali, regista a agência Ecclesia.
“Os gestos falam mais do que as imagens e do que as palavras”, disse, referindo depois o significado do lava-pés, um dos símbolos mais importantes das liturgias dos quatro dias de Páscoa: “Todos nós estaremos a fazer o gesto da fraternidade e dizemos todos que somos diferentes, distintos, com culturas e religiões diferentes, mas somos irmãos e queremos viver em paz.”

quinta-feira, 24 de março de 2016

Condenar os “actos de horror”


Foto: Lusa, reproduzida daqui

Perguntava-se, no texto anterior neste blogue, a propósito de um debate em Lisboa, se Deus estaria de volta de forma violenta...
O Papa Francisco voltou a pedir, nesta quarta-feira, uma “condenação unânime” dos actos de “horror” vividos em Bruxelas na terça depois de, na própria manhã dos atentados ter recusado a “violência cega” que provocou dezenas de mortos.
O cardeal-patriarca de Lisboa pediu também, num curto depoimento gravado em vídeo que a Europa mantenha viva a herança dos direitos humanos e de respeito pelas leis. E apelou a que não se confundam os grupos radicalizados, “que não devem ser confundidos com populações, etnias ou religiões”.  
Também as duas estruturas europeias de bispos – a Comece, que representa os episcopados dos países dos 28 países da União Europeia – e a CCEE, que abrange todos os episcopados da Europa, condenaram os atentados.
Também a Conferência das Igrejas Europeias  manifestou a mesma posição, com um texto divulgado na própria terça-feira:

Esta manhã, em Bruxelas, as horas de ponta e os voos da manhã foram violentamente interrompidos por múltiplos ataques terroristas. (...) A Conferência das Igrejas Europeias (CEC) lamenta esta perda de vidas e perturbação da paz. Condenamos os violentos ataques e apelamos a respostas pacíficas nas próximas horas e dias. Oramos por aqueles que perderam as suas vidas, as suas famílias e comunidades e pelas pessoas que colocam em risco a sua própria segurança ao ajudarem os outros.

“Nesta época de Semana Santa e Páscoa, lamentamos estas explosões de violência”, referiu o secretário-geral da CEC, Heikki Huttunen. (...) “Temos de encontrar novamente o nosso caminho, e devemos todos contribuir para a criação de sociedades nas quais todos se sintam seguros e parceiros no bem comum.”

quarta-feira, 9 de março de 2016

Deus está de volta? E será esse um regresso violento?

Agenda

Uma mesa redonda com o título Deus está de volta? Uma política pós-secular na Europa e no mundo terá lugar esta quinta-feira, na Universidade Nova de Lisboa (UNL). O debate decorre no âmbito do 8º Congresso da Associação Portuguesa de Ciência Política, que se realiza na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UNL. 
O debate procurará aprofundar o regresso do factor religioso à política contemporânea em várias perspectivas. Nele participam os professores Michael Minkenberg (Viadrina, Alemanha), Paulo Fontes (Universidade Católica Portuguesa), Madalena Meyer Resende (FCSH-UNL), Bruno Cardoso Reis (Instituto de Ciências Sociais-Universidade de Lisboa) e Helena Vilaça (Universidade do Porto).
Michael Minkenberg é professor de política comparada da Universidade Europeia Viadrina, em Frankfurt-Oder (Alemanha), e especialista de renome sobre a relação entre as Igrejas e os Estados na Europa. Entre os seus temas de investigação, estão o modo como as políticas relativas ao aborto têm sido formuladas nas democracias ocidentais, as políticas de família, e a relação entre cristianismo, islão e democracia liberal.
  A iniciativa decorre amanhã, dia 10 de Março, das 11h às 13h, no edifício ID da FCSH-UNL (Av. de Berna, 26-C), em Lisboa e aqui podem encontrar-se informações suplementares.

Já esta quarta-feira, na Fundação Gulbenkian, decorre um outro debate sobre Violência religiosa e violência com nome de religião, que colocará em diálogo representantes de diferentes tradições religiosas, cientistas sociais e pensadores. 
No debate, que decorre a partir das 18h na Fundação Gulbenkian, participam Abel Pego (pastor da Igreja Evangélica Baptista de Cedofeita, Porto), António Matos Ferreira (professor universitário católico), Esther Mucznik (vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa), David Munir (imã da Mesquita de Lisboa) e Ludwig Krippahl (membro da Associação Ateísta Portuguesa). Boaventura de Sousa Santos, director do centro de Estudos Sociais (CES), comentará o debate.

Mas informações sobre esta iniciativa, organizada pelo Policredos/CES, podem ler-se aqui.