quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Três passos para chegar a SETE MARGENS



Leitoras e leitores do Religionline são convidados a registar o seu endereço electrónico para receber as notícias diárias do novo jornal digital SETE MARGENS. Basta abrir nessa ligação e, na barra azul em cima, à direita, clicar em “Receba as nossas notícias”, preenchendo os dois campos requeridos – nome e mail. Receberão imediatamente uma mensagem na sua caixa de correio para confirmar o registo. 

São três passos, que demoram 30 segundos. 

Suficientes para passar a receber alertas diários para notícias como as de que frei Bento Domingues será doutor honoris causa pela Universidade do Minho ou de que o Papa Francisco faz avisos severos contra o crescimento dos populismosou ler reportagens como a dos 50 anos de “anarquia divina” em Auroville; ou entrevistas como as do músico Pedro Abrunhosa  (“A sede de mistério é o motor da humanidade”) ou do teólogo checo Tomáš Halík (“Deus gosta de quem luta com ele). E ainda conhecer histórias como a de Krystal Ashley que, aos 30 anos, se apaixonou por um muçulmano afegão, depois de ter andado anos a dizer que detestava os muçulmanosou de Joana Gomes, jovem portuguesa que foi trabalhar com refugiados no Uganda; ou, ainda, de Joaquin Martinéz, que defendia a pena de morte até ser condenado a ela estando inocente...; e também muitas outras notícias, crónicas, recensões de livros, filmes e discos, textos de opinião e histórias de pessoas que vale a pena conhecer.

Tudo no SETE MARGENS. Cuja existência, já agora, é importante divulgar e, se possível, apoiar financeiramente (PT50 0035 0675 0004 6941 7308 1). 


domingo, 6 de janeiro de 2019

Religionline cede o passo ao SETE MARGENS



A partir desta segunda-feira, dia 7, às 7h07, o que fazíamos no Religionline passa a estar em www.setemargens.com. Convidamos todas e todos aqueles que visitam com regularidade o Religionline a passar a ver o Sete Margens, um jornal digital orientado por critérios jornalísticos profissionais e independente de qualquer instituição, religiosa ou outra. 
Tal como acontecia com o Religionline, quem quiser receber diariamente uma mensagem de correio electrónico com as principais notícias do Sete Margens, só terá de se registar onde se indica “Receba as nossas notícias” na página inicial do Sete Margens. 
Este novo projecto, setemargens.com, divulga informação sobre o fenómeno religioso, no sentido mais amplo do termo, não se confinando à actualidade das diversas confissões e crenças estabelecidas; procura dar conta das diferentes formas de busca espiritual que marcam o nosso tempo, desvendando as questões, interrogações e percursos que alimentam essa indagação; tem consciência de que a informação sobre o fenómeno religioso assim entendido constitui um importante instrumento a favor da paz, da justiça social, do conhecimento mútuo, da tolerância e da cooperação entre os mais diversos actores das nossas sociedades. 
setemargens.com é propriedade de uma Associação Cultural Sem Fins Lucrativos, a Porta 18, e aspira a ser financiado exclusivamente pelos seus leitores / apoiantes, mas recorre também a donativos institucionais que publicita regularmente de modo a assegurar total transparência com aqueles que o visitam. O diário digital tem como referências mais próximas o trabalho de três décadas desenvolvido pelo seu director, António Marujo, e a informação oferecida desde 2002 pelo blog Religionline, um dos primeiros em Portugal, iniciado por Manuel Pinto. Na equipa, estão ainda Jorge Wemans, Eduardo Jorge Madureira e Maria Wilton. 
Regendo-se pelo seu estatuto editorial, o setemargens.com tem o seu limiar de existência na dependência do interesse e da participação dos seus leitores. O jornalismo é essencial numa democracia e só pode subsistir na medida em que os seus utilizadores o suportem, também economicamente. Por isso, o Sete Margens iniciou uma campanha de recolha de fundos, propondo que cada pessoa / família contribua com €100,00 para este projeto através da conta CGD: PT50 0035 0675 0004 6941 7308 1

sábado, 5 de janeiro de 2019

Está a ser notícia



RELIGIÃO - "Uma realidade vivida, situada e em constante mudança": por que é a religião relevante para a busca do progresso social. Relatório faz um ‘estado da arte’ sobre o assunto.

OFICINA - Poesia, música, moda e design, dança, escultura, teatro, cinema e pintura mural vão integrar a Oficina de Arte e Mística Cristã organizada pela Pastoral da Cultura da Diocese de Angra (Açores).

ÍNDIA – O fundamentalismo hindu ameaça fracturar a Índia. O governo aumenta as suas concessões ao radicalismo religioso, com a aproximação das eleições.

TRUMP – A Administração dos Estados Unidos deixou de cooperar com relatores da ONU que acompanham eventuais violações dos direitos humanos, não respondendo a questões relacionadas com pobreza, migrações e justiça.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Credibilidade não se recupera com fluxogramas, diz o Papa em carta sobre abusos, aos bispos dos EUA

Texto de Maria Wilton


O Papa Francisco com os responsáveis da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, 
em Setembro, no Vaticano (foto CNS, reproduzida daqui)

“A credibilidade da Igreja tem sido seriamente enfraquecida e diminuída por esses pecados e crimes, mas ainda mais pelos esforços feitos para negar ou ocultar os mesmos”, escreve o Papa Francisco numa carta dirigida aos bispos da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, que estão em retiro no seminário de Mundelein, em Chicago.
No texto de oito páginas, Francisco faz uma forte crítica à realidade vivida na Igreja Católica daquele país. Antes de propor uma solução para a crise atual, começa por diagnosticar o problema da perda da credibilidade da instituição católica, algo que levou a “um sentido de incerteza, desconfiança e vulnerabilidade nos fiéis”.
Os bispos estadunidenses encontram-se reunidos desde esta quarta-feira, 2 de janeiro, para refletir sobre a resposta à crise que tem assolado a Igreja Católica do país, relacionada com os abusos sexuais. Na carta, o Papa argentino escreve que a credibilidade “não pode ser recuperada com decretos severos ou a criação de novos comités ou fluxogramas, como se estivéssemos num departamento de recursos humanos”. Segundo Francisco, isso reduziria o papel dos bispos e da Igreja a funções administrativas ou organizacionais no “negócio de evangelização”.
Em vez disso, o Papa pede que o foco esteja no que é verdadeiramente importante: “Têm sido tempos de turbulência nas vidas de todas as vítimas que sofreram na pele o abuso de poder e consciência e o abuso sexual da parte de ministros, religiosos e leigos. (…) Sabemos que, dada a seriedade da situação, nenhuma resposta ou abordagem parece adequada.”
Mesmo assim, Francisco sugere uma solução, que se baseia numa “nova presença” no mundo com “uma forma concreta de serviço aos homens e mulheres" dos dias de hoje: “Os pastores têm que estar dispostos a ouvir e a aprender com os seus erros, não agindo defensivamente.”
Estes são passos fundamentais, considera o Papa, para a reconciliação não só com os fiéis católicos, mas também entre os diversos responsáveis da Igreja, já que “momentos de dificuldade e provação também ameaçam a comunhão fraterna”. Francisco pede o abandono do modus operandi dedescrédito, de vitimização e de reprovação no modo de relacionar, já que estas atitudes desfiguram e dificultam a missão da Igreja. 

Jovens portugueses no encontro de Taizé em Madrid: cuidar da espera, cuidar da terra, cuidar da linguagem

Texto de António Marujo


Um dos momentos de oração durante o encontro europeu de jovens, em Madrid 
(foto reproduzida daqui)


O problema é cuidar da espera e do desespero dos refugiados, diz Nicolau Osório, 24 anos, do Porto. A linguagem eclesiástica é um problema para os jovens, afirma Mónica Ribau, 26 anos, de Aveiro. O problema é o cuidado que devemos ter com os direitos do planeta, acrescenta Catarina Sá Couto, 29 anos, do Porto. 
Nicolau, Mónica e Catarina são três dos mais de 600 portugueses que estiveram em Madrid, entre 28 de Dezembro e 1 de Janeiro, a participar no 41º encontro europeu de jovens, promovido pela comunidade monástica ecuménica de Taizé, no âmbito da peregrinação de confiança sobre a terra
Na última tarde do ano, numa igreja da periferia de Madrid, juntam-se para partilhar experiências e ver o que podem fazer, em Portugal, para continuar o que viveram nestes últimos dias do ano na capital espanhola. 
Atenas (Grécia) foi o destino de Nicolau durante seis meses (com uma incursão de dez dias à ilha de Lesbos), num trabalho voluntário com a Plataforma de Apoio aos Refugiados. “O problema é cuidar da espera e do desespero dos refugiados”, conta o jovem licenciado em Engenharia de Minas, mas que quer procurar um trabalho na área da educação sexual.  
“São pessoas que não podem sair da Grécia. E o que me ficou não são as histórias trágicas que ouvi de tantos deles, mas os laços pessoais que se criaram. Para mim, os refugiados passaram de um rótulo a rostos e pessoas concretas”, acrescenta, aos compatriotas que o escutam. Com o seu trabalho, Nicolau também quis dizer aos refugiados que “ainda há uma Europa que quer acolher”. Por vezes, “temos medo, mas devemos acolher”. 

Direitos humanos e direitos do planeta

Catarina, que se apresenta como cristã anglicana, tem estado envolvida no movimento pela Carta da Terra – Valores e Princípios para um Futuro Sustentável, integrando também a organização Green Anglicans. E chama a atenção para a forma como todos consumimos: “Esquecemos muitas vezes que os direitos humanos e os direitos do planeta dependem uns dos outros.” E aponta: “Este banco vem de uma árvore, esta luz vem da água de uma barragem, do vento, de uma energia renovável ou da queima de carvão.” 

Está a ser notícia


RESISTÊNCIA – Vários presidentes de câmara de grandes cidades italianas, como Palermo, Nápoles e Florença, recusam-se a aplicar a legislação governamental anti-imigração do ministro do Interior Matteo Salvini. Consideram-na “inumana” e “criminogéna”.

IMÃ – Um imã senegalés, Demba Diawara, percorreu cerca de três centenas e meia de localidades durante 14 anos para pedir aos habitantes para abandonarem a mutilação genital feminina.

APELO – Um apelo subscrito por múltiplas personalidades francesas pede para que não se coma carne e peixe à segunda-feira. Entre os primeiros signatários, encontram-se as actrizes Isabelle Adjani e Juliette Binoche, o psiquiatra Christophe André, o neuropsiquiatra Boris Cyrulnik, o filósofo Luc Ferry, o monge budista Matthieu Ricard e o matemático Cédric Villani.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Está a ser notícia

GULAG – Assim classifica um comentário no The New York Times a situação dos muçulmanos na China, especialmente da minoria Uigur, com a campanha de prisões de “reeducação” que tem vindo a ser levada a cabo pelas autoridades do país.

BELÉM – A Autoridade Palestiniana foi o primeiro contribuinte para o projeto de restauração da Basílica da Natividadeem Belém, na Cisjordânia. Um gesto simbólico mas também interessado no potencial turístico do edifício, na leitura feita por Le Monde.

MONJAS – Um trabalho da Associated Press vem dar âmbito mais largo às denúncias de abusos sexuais de membros do clero católico sobre freiras e monjas, em dioceses da Índia.

ORTODOXOS – O processo de ‘autocefalia’ da igreja ortodoxa da Ucrânia foi considerada “ilegítima” e “nula” pelo patriarca Cirilo, de Moscovo, numa carta dura que dirigiu ao patriarca ecuménico Bartolomeu, de Constantinopla, que apoia o processo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Mulheres entram pela primeira vez em templo hindu interdito

Texto de Maria Wilton


Mulheres em protesto contra o impedimento de entrarem no templo Sabarimala 
(foto reproduzida daqui)

Na madrugada de quarta-feira, 26 de dezembro, Bindu e Kanaka Durga, 42 e 44 anos, tornaram-se as primeiras mulheres a entrar num templo hindu no estado de Kerala, Índia, após o Supremo Tribunal desse estado ter levantado, em setembro passado, a proibição que existia, noticiou o The Guardian.
Ao entrarem no Templo Sabarimala, um dos locais de peregrinação mais sagrados do hinduísmo na região, as duas desafiaram uma tradição local que proíbe mulheres com idade para ser menstruadas (entre os 10 e 50 anos) de entrar neste espaço sagrado. Os defensores da proibição consideram que as mulheres nesta idade tornariam o espaço impuro: Ayyappa, divindade do templo e deus hindu do crescimento, é celibatário e as mulheres constituiriam uma tentação à própria figura da divindade. 
Ajit Hansraj vice-presidente da Comunidade Hindu Portuguesa, diz que uma situação como esta não é habitual, mesmo na Índia: “Isto não tem a ver com o hinduísmo em si, mas com os responsáveis de cada templo. É a primeira vez que tenho conhecimento de uma situação onde as mulheres não podem entrar num templo.” Mais comum é a interdição de entrar num templo apenas quando estão no período da menstruação – algo que já não acontece em Portugal, por exemplo. “Na maioria dos casos, mesmo que sejam pessoas de outro credo, desde que seja em paz, são todos bem-vindos nos templos”, conclui Ajit.
Até quarta-feira, 26 de dezembro, o templo teria recusado cumprir a decisão do tribunal e todas as tentativas, feitas por mulheres, de visitarem o local tinham sido impedidas por fiéis que apoiavam a proibição. Após a sua entrada no templo, o sacerdote terá mesmo fechado o espaço para proceder a rituais de purificação.
O levantamento desta proibição tem gerado muita controvérsia junto de sectores conservadores da região, obrigando as mulheres que queiram ir ao templo a ser acompanhadas por polícias. Após a decisão do tribunal em setembro, as autoridades terão designado uma força policial de 1300 homens para o efeito, argumentando que esta é uma questão de direitos humanos.

Está a ser notícia

ESPAÇO – A sonda espacial New Horizons da NASA sobrevoou no primeiro dia de 2019 o objeto mais distante alguma vez visto, o 'Ultima Thule', um vestígio congelado da formação do sistema solar.

HUMANITÁRIO – As crises humanitárias na República Democrática do Congo e da República Centro-Africana são, para um conjunto de Organizações Não-Governamentais, aquelas a que menos atenção se presta. A Venezuela entrou na lista das crises ignoradas.

BERTA CÁCERES – O veredicto contra os acusados do assassinato da militante ecologista hondurenha Berta Cáceres será conhecido na quinta-feira.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Está a ser notícia


ÁFRICA – Em 2017, 19.4 milhões de africanos emigraram e nem todos o fizeram no sentido sul-norte. O fenómeno das migrações dentro do continente é ainda pouco conhecido.

IRAQUE - "inaceitáveis", "irracionais", "desrespeituosas", foi como o governo do Iraque classificou as palavras do grande mufti dos sunitas, a propósito da ‘fatwa’ que publicou esta sexta-feira em que proibia festejos de fim de ano em 31 de janeiro e felicitações aos cristãos.

ASSASSINADOS – São 40 os missionários assassinados em 2018, em diversas partes do mundo, segundo a agência Fides. Quase o dobro de 2017.

MANÁGUA – O cardeal Brenes desconvocou à última hora a peregrinação a Jesus sacramentado deste dia 1 de janeiro para a qual apelara à ampla presença de católicos.

BANNON – Centenas de habitantes de Certosa di Trisulti (Itália) manifestaram-se contra a escola que Steve Bannon, ligado ao cardeal Burke, pretende instalar numa histórica abadia beneditina local.