Jesus Martin Barbero, no último número da revista espanhola Telos (Julho-Setembro 2002||Nº51:
" (...) el vacío de utopías que atraviesa el ámbito de la política se ve llenado en los últimos años por un cúmulo de utopías provenientes del campo de la tecnología y la comunicación: “aldea global”, “mundo virtual”, “ser digital”, etc. Y la más engañosa de todas, la “democracia directa" (03) atribuyendo al poder de las redes informáticas la renovación de la política y superando de paso las “viejas” formas de la representación por la “expresión viva de los ciudadanos”, ya sea votando por Internet desde la casa o emitiendo telemáticamente su opinión. Estamos ante la más tramposa de las idealizaciones ya que en su celebración de la inmediatez y la transparencia de las redes cibernéticas lo que se está minando son los fundamentos mismos de lo público; esto es, los procesos de deliberación y de crítica, al mismo tiempo que se crea la ilusión de un proceso sin interpretación ni jerarquía, se fortalece la creencia en que el individuo puede comunicarse prescindiendo de toda mediación social, y se acrecienta la desconfianza hacia cualquier figura de delegación y representación. Hay sin embargo en algunas de las proclamas y búsquedas de una “democracia directa” vía Internet, un trasfondo libertario que señala la desorientación en que vive la ciudadanía como resultado de la ausencia de densidad simbólica y la incapacidad de convocación que padece la política representativa. Trasfondo libertario que apunta también, entre los jóvenes y las mujeres especialmente, la incapacidad de representación de la diferencia en el discurso de la desigualdad, mientras los medios y las redes electrónicas se están constituyendo en mediadores de la trama de imaginarios que configura la identidad de los jóvenes y los géneros, las ciudades y las regiones, vehiculando así la multiculturalidad que hace estallar los referentes tradicionales de la identidad".
Para ver o texto completo, clicar aqui.
segunda-feira, 30 de setembro de 2002
domingo, 29 de setembro de 2002
Bento Domingues, na sua coluna de hoje, no Público:
"A cultura islâmica pertence à cultura da inovação. Mas sabe, desde as disputas da Idade Média, que a religião é para religar.
Quando quer mandar em tudo, tudo sufoca e torna-se idiota. É um fenómeno que não poupou nem o judaísmo nem o cristianismo. A Igreja Católica só reconheceu oficialmente a liberdade religiosa no Vaticano II".
"A cultura islâmica pertence à cultura da inovação. Mas sabe, desde as disputas da Idade Média, que a religião é para religar.
Quando quer mandar em tudo, tudo sufoca e torna-se idiota. É um fenómeno que não poupou nem o judaísmo nem o cristianismo. A Igreja Católica só reconheceu oficialmente a liberdade religiosa no Vaticano II".
O (pouco) debate que voltou a aflorar nas últimas semanas em Portugal, a propósito do lugar do ensino da Religião nas escolas - designadamente nas do 1º Ciclo do Ensino Básico, não constitui especificidade portuguesa. Vale a pena ler dois textos publicados no jornal El País de hoje: No es una asignatura más, de Cayetano López, catedrático de Física de la Universidade Autónoma de Madrid, e Un valor de la democracia, de Carlos García de Andoain co-autor, com Ramón Jáuregui de Tender Puentes. PSOE y Mundo Cristiano (Desclée y la Fundación Pablo Iglesias).
sexta-feira, 27 de setembro de 2002
Os bispos católicos do Canadá enviaram anteontem uma carta ao primeiro ministro do país, apoiando a posição daqueles que se opõem à via da guerra para resolver as alegadas ligações do Iraque ao terrorismo internacional. Um extracto: "Nous vous écrivons, en tant que dirigeants responsables de plusieurs communautés chrétiennes du Canada, afin d’affirmer haut et fort qu’il faut dire NON à une telle guerre. L’heure est à la diplomatie intense et aux négociations entre individus, non aux missiles et aux bombardements". O texto integral pode ser consultado aqui.
É difícil não voltar a emocionar-se e não acreditar na mudança ao ver Timor-Leste tornar-se, a partir de hoje, no 191º Estado-membro das Nações Unidas. Ver o ex-prisioneiro Xanana Gusmão presidente da República, Mari Alkatiri chefe do Governo e José Ramos Horta ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. Quem há quatro ou cinco anos traçasse esse cenário corria o risco de ser considerado louco. Não é possível medir qual foi o peso específico dass centenas de milhar de gestos de solidariedade e de pressão para vergar, nomeadamente, os Estados Unidos da América e a Indonésia. A resistência de um povo, alimentada pela fé cristã e celebrada nas igrejas de Timor-Leste foi decisiva. É salutar ser testemunha de acontecimentos como este.
quinta-feira, 26 de setembro de 2002
"Religião: o gueto informativo" - assim se intitula uma peça terça-feira divulgada pela agência Ecclesia, na qual vários jornalistas portugueses reflectem sobre o modo como os órgãos de informação tratam a questão das religiões. "Que lugar tem o religioso nos órgãos de comunicação social não confessionais? Quando é que a informação religiosa se torna notícia?" Foram estas algumas das questões colocadas pela Ecclesia a cinco jornalistas: António Marujo, do jornal Público, Licínio Lima, do Diário de Notícias, Mário Robalo, do Expresso, Manuel Villas-Boas, da TSF, e Joaquim Franco, da SIC Notícias. A leitura é interessante e elucidativa.
Inicio hoje este blog, no qual referirei aspectos, impressões, interrogações e notas sobre a experiência religiosa. Situo-me no quadro do cristianismo, procurando manter no horizonte o vasto e plural universo das experiências religiosas e do diálogo (de surdos?) entre elas. Mas consciente de que a busca de sentido extravasa em muito a dimensão religiosa-confessional. Um diálogo cultivado e exigente, sem preocupações proselitistas - eis o que procurarei manter como preocupação. Desejo igualmente fazer deste blog um espaço colectivo, onde outros companheiros de jornada participem, quer como membros, quer como comentadores.
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