"...As religiões oficiais ganharam uma força que faz com que o seu estímulo seja precisamente uma demonstração das fraquezas humanas. Quem não tem qualquer outra esperança, refugia-se no ignoto, no desconhecido, no mistério. A religião, em parte, é uma tentativa de resposta para problemas cujos dados não conhecemos. As religiões são respostas antiquadas a certos problemas para os quais temos outro tipo de resposta. Não tenho nada contra a religião, desde que os religiosos me tolerem a mim. Agora não tenho religião nenhuma, mas fui católico, apostólico, romano até os 11 anos. Fui menino do coro e algumas pessoas da minha família insistiam para que fosse padre. Até aos 10 anos estive inclinado a sê-lo. Todo o ambiente da minha família era religioso. É curioso lembrar-me que o homem que mais contribuiu para o abalar das minhas convicções foi um padre. Ele próprio não acreditava. A curiosidade levou-me a deitar fora todos os preconceitos que limitam impositivamente a investigação. A pretexto das religiões tem-se falado agora muito do choque de civilizações. Não há choque nenhum de civilizações. Há choque de convicções...."
Óscar Lopes, militante do PCP, 85 anos
Expresso- Revista, 9.11.2002
sábado, 9 de novembro de 2002
"The Eagle soars in the summit of Heaven,
The Hunter with his dogs pursues his circuit.
O perpetual revolution of configured stars,
O perpetual recurrence of determined seasons,
O world of spring and autumn, birth and dying!
The endless cycle of idea and action,
Endless invention, endless experiment,
Brings knowledge of motion, but not of stillness;
Knowledge of speech, but not of silence;
Knowledge of words, and ignorance of the Word.
All our knowledge brings us nearer to death,
But nearness to death no nearer to God.
Where is the Life we have lost in living?
Where is the wisdom we have lost in knowledge?
Where is the knowledge we have lost in information?
The cycles of heaven in twenty centuries
Brings us farther from God and nearer to the Dust.
The lot of man is ceaseless labor,
Or ceaseless idleness, which is still harder,
Or irregular labour, which is not pleasant.
I have trodden the winepress alone, and I know
That it is hard to be really useful, resigning
The things that men count for happiness, seeking
The good deeds that lead to obscurity, accepting
With equal face those that bring ignominy,
The applause of all or the love of none.
All men are ready to invest their money
But most expect dividends.
I say to you: Make perfect your will.
I say: take no thought of the harvest,
But only of proper sowing.
The world turns and the world changes,
But one thing does not change.
In all of my years, one thing does not change,
However you disguise it, this thing does not change:
The perpetual struggle of Good and Evil".
T.S. Eliot
in "The Rock"
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