sexta-feira, 19 de junho de 2009

O CERN a ciência e a teologia

As verdades científicas e teológicas nunca se podem contradizer porque ambas “derivam da mesma fonte, que é Deus”, afirmou o cardeal Giovanni Lajolo, durante uma mesa-redonda sobre diálogo entre fé e ciência, celebrada este mês na sede da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN), em Genebra.
A deslocação da delegação do Vaticano ao centro que acolhe o maior túnel acelerador de partículas do mundo incluía ainda o observador permanente do Vaticano na ONU e o director do Observatório Astronómico Vaticano.
O cardeal citou Roberto Belarmino, doutor da Igreja que pesquisou Galileu, segundo o qual se uma declaração científica é evidentemente verdadeira e não se encontra em absoluta conformidade com a Bíblia, é necessário investigar como se pode interpretar correctamente a Escritura para não contradizer a verdade científica.
Para o purpurado, esta afirmação “continua a ser um princípio válido em relação aos fatos científicos”.
Segundo o cardeal Lajolo, que é o presidente da Comissão Pontifícia para o Estado da Cidade do Vaticano, a Igreja católica é uma defensora da razão e da verdade e por isso “reconheceu mais tarde a posição científica defendida por Galileu e o erro cometido na sua condenação”.
(Fonte: Zenit)

1 comentário:

Anónimo disse...

O problema não está na afirmação: “A Igreja Católica é UMA defensora da razão e da verdade…”. O problema está no facto que muitas vezes a Igreja Católica pensa-se a ÚNICA defensora da razão e da verdade, isto é, de TODA a razão e de TODA a verdade. E quando alguém não está de acordo, quando alguém questiona… marginalização, demonização, etc. Ontém foi Hans Kung, Leonardo Boff e muitos outros, amanhã será talvez Andrés Torres Queiruga. O que o distinto Cardeal Lajolo não menciona é que a Santa Madre Igreja praticamente destruiu a vida de Galileu e levou 400 anos (sim 400 anos !) para reconhecer o seu erro. 400 anos ! E o diálogo em vez do dogmatismo? E a humildade em vez da luta pelo poder? E a caridade cristã em vez da arrogância?