(foto: Mosteiro de Tibães, objecto de intervenções recentes de recuperação; © Daniel Rocha)
O
património não existe, antes o fazemos todos os dias quando olhamos para um
edifício, por exemplo. Essa é uma das ideias defendidas pelo arquitecto
espanhol Celestino Garcia Breña, um dos
participantes neste programa sobre a reutilização de mosteiros e conventos.
Outras ideias que passam por esta emissão são as de que a memória desses
edifícios e lugares não pode perder-se e que a resposta à pergunta sobre a
melhor forma de os utilizar hoje em dia é aquilo que pedir a vida das pessoas e
dos próprios edifícios – ou seja, respeitar
a biografia dos sítios, mas acrescentar-lhe as nossas actuais biografias.
A crise vocacional na Igreja Católica levou à perda
de grandes conjuntos monásticos, enquanto outros renasceram com a
recuperação e reutilização dos seus espaços, convertidos por exemplo em hotéis
e pousadas. Um encontro sobre esta temática realizou-se há cerca de dois meses
no mosteiro de Alcobaça, onde Manuel Vilas Boas debateu, com alguns
investigadores, a questão da reutilização de conventos e mosteiros de Portugal
e Espanha, entregues à ruína e abandono. No debate
participam ainda os também arquitectos Domingo Posuelo, João Carlos dos Santos
e Manuel Lacerda.
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