quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Respeitar e actualizar biografias – a reutilização de mosteiros e conventos


(foto: Mosteiro de Tibães, objecto de intervenções recentes de recuperação; © Daniel Rocha)

O património não existe, antes o fazemos todos os dias quando olhamos para um edifício, por exemplo. Essa é uma das ideias defendidas pelo arquitecto espanhol Celestino Garcia Breña, um dos participantes neste programa sobre a reutilização de mosteiros e conventos. Outras ideias que passam por esta emissão são as de que a memória desses edifícios e lugares não pode perder-se e que a resposta à pergunta sobre a melhor forma de os utilizar hoje em dia é aquilo que pedir a vida das pessoas e dos próprios edifícios – ou seja, respeitar a biografia dos sítios, mas acrescentar-lhe as nossas actuais biografias.
A crise vocacional na Igreja Católica levou à perda de grandes conjuntos monásticos, enquanto outros renasceram com a recuperação e reutilização dos seus espaços, convertidos por exemplo em hotéis e pousadas. Um encontro sobre esta temática realizou-se há cerca de dois meses no mosteiro de Alcobaça, onde Manuel Vilas Boas debateu, com alguns investigadores, a questão da reutilização de conventos e mosteiros de Portugal e Espanha, entregues à ruína e abandono. No debate participam ainda os também arquitectos Domingo Posuelo, João Carlos dos Santos e Manuel Lacerda.

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