Se a palavra “Deus” deixasse de existir, isso
significaria que o ser humano deixaria de se colocar a questão do sentido da
sua existência, voltaria a ser apenas um homo
faber. Essa é uma das ideias defendidas por Anselmo Borges, coordenador dos
colóquios Igreja em Diálogo, no programa “Deus ainda tem futuro?”. Esta
reportagem de Manuel Vilas Boas, que passou na TSF a 10 de Novembro, escutou
biblistas, teólogos, filósofos, cientistas e sociólogos originários de
Portugal, Espanha e França para debater a questão das formas de presença de
Deus nas sociedades contemporâneas – e do modo como as comunidades religiosas
vivem essa experiência.
“A religião tem um futuro, mesmo se não somos
religiosos do mesmo modo que o fomos antes”, diz Jean-Paul Willaime, um dos
mais importantes nomes da sociologia religiosa contemporânea e outro dos
participantes e entrevistados no programa. Willaime acrescenta que, hoje, ser
religioso, é ser inconformista.
O programa tem como ponto de partida a edição
de 2013 do colóquio Igreja em Diálogo, com o mesmo título, que decorreu no Seminário
da Boa Nova, em Valadares. Nele se incluem ainda depoimentos dos cientistas portugueses Carlos Fiolhais e
Miguel Castelo Branco e dos teólogos Juan Masiá, Andrés Torres Queiruga, Isabel
Gomez-Acebo (de Espanha) e Paul Valadier (França). O programa pode ser escutado aqui.
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