quinta-feira, 19 de março de 2009

Críticas violentas ao "processo organizado de destruição da identidade africana"

"Parece que um processo organizado de destruição da identidade africana está em marcha sob o pretexto da modernidade", diz o Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho) da II assembleia especial do Sínodo dos Bispos sobre África, que decorrerá em Outubro próximo, em Roma. O documento foi entregue pelo Papa Bento XVI, esta quinta-feira, em Yaoundé (Camarões) a representantes dos episcopados africanos.

O texto é muito crítico para com os políticos africanos, as multinacionais predadoras dos recursos do continente e as instituições financeiras internacionais que propuseram programas de reestruturação das cujas consequências se revelaram "muitas vezes funestas". Depois da polémica sobre o preservativo, é pena que o império mediático não dê igual importância a este documento.

Ainda a propósito das declarações do Papa sobre o combate à sida, vale a pena referir que na manhã desta quinta-feira Bento XVI recebeu um grupo da Comunidade de Santo Egídio, promotora do projecto "Dream" (Sonho), de combate à sida. A reunião não estava no programa da visita e os pormenores podem ser lidos aqui - já que as agências internacionais também não ligaram ao assunto. A agência Ecclesia tem aliás, no mesmo endereço, um vasto dossiê de acompanhamento da visita do Papa aos Camarões e Angola, que vale a pena ir seguindo.

Podem também ler-se as impressões da Ana Isabel Costa, enviada da Antena 1 a Luanda no blogue alojado no site da RTP. E a partir desta sexta teremos ainda as reportagens de Manuel Vilas Boas na TSF.

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