sábado, 4 de agosto de 2012

O Papa a falar do código laboral português?

Na semana em que entraram em vigor as novas normas laborais, vale a pena ainda recordar as palavras do Papa Bento XVI, domingo passado, em defesa da ideia do “direito ao trabalho”, “sobretudo” no actual momento de crise económica. A notícia vale o que vale e refere-se a uma empresa da região de Castelgandolfo, onde o Papa está a gozar férias (outra coisa que, como o emprego, é cada vez mais um luxo). Mas até parecia que Bento XVI estava a falar dos milhares de empregos que, diariamente são abatidos em Portugal. O Papa, cujas palavras podem ser lidas por alguns lídceres politicos como as de um ingénuo (ou de um perigoso esquerdista), apelou a que “não falte a ninguém o pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades, não com as armas da violência, mas com a partilha e o amor”.
Em Portugal, o vice-coordenador nacional da Liga Operária Católica (LOC/MTC) considerou, em declarações à RR citadas aqui, que o novo código laboral é mau para os trabalhadores e vai ter efeitos negativos na economia portuguesa. Há coisas que parecem evidentes, de tão graves efeitos que provocam. Continuaremos a ouvir quem diga que estes são sacrifícios necessaries. E continuaremos a ver e experimentar que os sacrifícios são apenas para alguns – os que não podem fugir deles.



Sem comentários: