Na
semana em que entraram em vigor as novas normas laborais, vale a pena ainda
recordar as palavras do Papa Bento XVI, domingo passado, em defesa da ideia do “direito ao trabalho”, “sobretudo” no actual momento
de crise económica. A notícia vale o que vale e refere-se a uma empresa da
região de Castelgandolfo, onde o Papa está a gozar férias (outra coisa que,
como o emprego, é cada vez mais um luxo). Mas até parecia que Bento XVI estava a falar dos milhares de empregos que, diariamente são abatidos em Portugal.
O Papa, cujas palavras podem ser lidas por alguns lídceres politicos como as de
um ingénuo (ou de um perigoso esquerdista), apelou a que “não falte a ninguém o
pão necessário para uma vida digna e sejam abatidas as desigualdades, não com
as armas da violência, mas com a partilha e o amor”.
Em
Portugal, o vice-coordenador nacional da
Liga Operária Católica (LOC/MTC) considerou, em declarações à RR citadas aqui, que o novo código
laboral é mau para os trabalhadores e vai ter efeitos negativos na economia
portuguesa. Há coisas que parecem evidentes, de tão graves efeitos que
provocam. Continuaremos a ouvir quem diga que estes são sacrifícios necessaries.
E continuaremos a ver e experimentar que os sacrifícios são apenas para alguns – os que não
podem fugir deles.
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