segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Cáritas Europa: Os jovens precisam de um futuro


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(foto reproduzida daqui)

Promover níveis salariais dignos, prevenir a precariedade laboral, as irregularidades e a evasão fiscal nos contratos laborais são algumas das recomendações de um relatório europeu que a Cáritas Portuguesa apresenta, nesta terça-feira, 27 de Fevereiro, a partir das 10h30, no auditório Mário Murteira, no ISCTE-IUL (Av. das Forças Armadas 376), em Lisboa.
As recomendações, diz uma informação da Cáritas, “resultam de um trabalho de auscultação da realidade nacional, através das Cáritas diocesanas, organizações/instituições nacionais que trabalham com jovens e na relação com os dados oficiais”. Também a análise do impacto das políticas nacionais de combate à pobreza e à exclusão social entre os jovens foi tida em conta.
Uma das principais conclusões do relatório Os jovens precisam de um futuro aponta para o facto de as políticas adoptadas na última década não terem conseguido quebrar os ciclos de pobreza geracional. Em Portugal, por exemplo, o desemprego juvenil chega aos 20,8 por cento (6,1 mais do que a média da União Europeia) e 14 por cento dos jovens abandonaram a escola (4 por cento acima da média da UE).
O relatório, da responsabilidade da Cáritas Europa, debruça-se de forma mais pormenorizada para os jovens estudantes, trabalhadores, desempregados e portadores de algum tipo de deficiência. O estudo conclui que esta é a primeira geração de jovens a enfrentar o risco de empobrecimento em relação à geração dos seus pais. E acrescenta que se pode pressentir um novo tipo de pobreza juvenil: a dos jovens casais trabalhadores que dificilmente conseguem suportar as despesas e construir uma família. A situação destas pessoas deve ser levada a sério. “Se a tendência se tornar normal, isso provocará sérias consequências para a coesão social da Europa, modelos sociais e sistemas de protecção social. Corremos o risco de ser uma sociedade que se afunda se nenhuma medida for tomada agora", comenta Jorge Nuño Mayer, secretário-geral da Cáritas Europa, na informação divulgada.
A iniciativa assinala o início da Semana Nacional Cáritas que decorre, em todo o país, até ao dia 4 de Março, com cuja iniciática a instituição pretende evidenciar a sua actividade no combate à pobreza e exclusão social. No primeiro semestre de 2017, a Cáritas atendeu mais de 68 mil pessoas. Problemas relacionados com o rendimento, o trabalho e o sobre-endividamento continuam a ser as principais razões pelas quais as pessoas procuram a instituição, seguindo-se os encargos com a saúde que têm subido progressivamente.
Uma informação mais completa pode ser encontrada aqui.


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