sábado, 31 de março de 2012

As narrativas da Paixão de Jesus na voz de Luís Miguel Cintra


A 9 de Setembro de 2011, no "Público/P2", o actor e encenador Luís Miguel Cintra dizia, a propósito da sua (re)aproximação à fé: "Como é que é possível não se ter fé? Como se pode viver sem necessidade de acreditar em nada a não ser o que é comprovado cientificamente? É deixar escapar uma parte principal da vida. É por isso que me comovo."
Cintra já leu, nos últimos anos, os textos do Apocalipse e do Cântico dos Cânticos, da Carta a Filémon e do Eclesiastes. Leu também o sermão de frei António de Montesinos, que marcou a crítica dos religiosos dominicanos à colonização espanhola na América Central, ou o sermão de Quarta-Feira de Cinzas, do padre António Vieira.
Este sábado, véspera do início da Semana Santa, Luís Miguel Cintra e as Monjas Dominicanas do Lumiar (Lisboa) propõem uma experiência inédita: o actor dará voz às narrativas da Paixão de Jesus Cristo segundo os quatro evangelhos.
Será no Mosteiro das Dominicanas, a partir das 15h30. Cada uma das leituras será introduzida por uma reflexão do dominicano frei Mateus Peres.
Será, com certeza, uma comoção, ouvir estes textos com a secura, a dignidade e a poesia da voz de Luís Miguel Cintra. Como este trecho do evangelho de São João, no capítulo 17:
“Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste. Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um. Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim.
Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que me deste, por me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste. Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.”

(foto copiada daqui)

quinta-feira, 29 de março de 2012

A economia tem futuro?

A economia como gosto do outro. Elena Lasida, economista uruguaia, professora da Faculté de Sciences Sociales et Economiques do Institut Catholique de Paris (ICP), é a convidada da conferência desta sexta-feira, em Lisboa, com o título "Que Futuro para a Economia? - Contributos da antropologia judaico-cristã".
Num texto de Lasida, a vice-reitora do ICP para a investigação defende que a economia deve ser encarada na perspectiva da aliança e da promessa. "A aliança evoca antes de mais uma experiência humana. Trata-se de uma experiência relação que desde logo pode definir-se por aquilo que não é: a aliança é o contrário da dominação (...) implica uma reciprocidade, uma 'ida e volta', um dar e receber de cada um, que cria uma certa pertença comum. (...) A promessa situa-se ao nível da utopia mais que do projecto, da criação mais que do fabrico, do novo e desconhecido mais que do pré-concebido."
Elena Lasida, que dirige um mestrado em "Economia solidária e lógica do mercado", é autora de várias obras, entre as quais o mais recente Le Gout de l'Autre. La crise, une chance pour réinventer le lien (O gosto do outro. A crise, uma oportunidade para reinventar os laços), sobre cujo conteúdo se pode ver aqui um vídeo da editora Albin Michel. A conferência decorre na Fundação Cidade de Lisboa (Campo Grande, 380), a partir das 18h de sexta-feira e é promovida pela Fundação Betânia.



quinta-feira, 15 de março de 2012

Nova livraria em Braga dedicada ao cristianismo e cultura

Acaba de ser inaugurada em Braga a livraria Fundamentos, dedicada aos "livros novos e usados relacionados com o cristianismo e as religiões é o objetivo da Livraria Fundamentos, inaugurada este sábado em Braga". A informação é dada pelo site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
A livraria - que tem um blog no Wordpress - está aberta diariamente de terça a sábado e nas tardes de segunda-feira e poderá abrir ad casum noutro horário, se os clientes marcarem previamente com o proprietário.
O espaço situado junto à central de autocarros da cidade foi «pensado para todos os que queiram fundamentar a sua fé cristã e o seu serviço na Igreja, assim como todos os que de algum modo queiram descobrir um pouco mais acerca do Cristianismo», refere uma nota enviada ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Nos primeiros dias de vida a livraria disponibiliza obras das editoras Apostolado da Oração, Assírio & Alvim, Difusora Bíblica, Editorial Franciscana, Gráfica de Coimbra, Leya, Paulinas, Paulus, Pedra Angular, Perpétuo Socorro, Tenacitas e Universidade Católica.
Aguarda-se a chegada próxima de publicações da Aletheia, Almedina, Cotovia, Edições 70, Esfera dos Livros, Europa-América, Gradiva, Principia e Temas & Debates, bem como de editoras estrangeiras, como a Khaf, SalTerrae, Sígueme, Trotta e Verbo Divino.

terça-feira, 13 de março de 2012

"Fia-te na Virgem e não corras!"

O Bispo de Beja tem razão em estar preocupado com a seca e faz bem em rezar para que chova e até em apelar aos católicos que façam o mesmo. Mas a agência Ecclesia, que noticia esta preocupação, acrescenta que o bispo está descontente porque "os agricultores têm mais esperança nos subsídios da União Europeia do que em Deus".

“Noutros tempos já se teriam levantado súplicas ao céu a implorar a graça da chuva”, escreveu D. António Vitalino Dantas na mais recente nota semanal, citada pela agência Ecclesia, acrescentando que “algumas pessoas ainda falam da ajuda de São Pedro, mas parece que com pouca convicção”. Aparentemente os crentes “não se fazem ouvir e a maioria da população não acredita na providência divina, mas somente na previdência de Bruxelas”, assinala D. António.
Salvo melhor opinião, o bispo de Beja está a misturar dois planos que conviria manter autónomos. Que os crentes acreditem na providência para fazer cair a chuva e que actuem em consequência é uma coisa. Que procurem, ao mesmo tempo, os apoios da União Europeia para minorar os efeitos da seca é outra coisa, ainda que eventualmente complementar. Se o prelado manifestasse contentamento por ver que os agricultores não ficaram parados perante a 'estiagem', ainda que lamentasse a falta de devoção a S. Pedro ainda se compreendia. Assim, até parece que ele preferia que eles ficassem a rezar e deixassem a Comissão Europeia sossegada.
Recentemente ouvi um bispo defender, na homilia dominical, citando Luther King, que mais valia gastar 15 ou 20 euros a comprar e ler a Bíblia, do que gastar muitas dezenas ou centenas nos consultórios de psicólogos e psiquiatras (as palavras não são textuais, mas a ideia é fiel). Dois ou três domingos depois, numa igreja da mesma cidade um jovem padre secretário do mesmo hierarca, certamente tocado por ideia tão profunda, voltou a apresentar o exemplo e a explicar o seu alcance.
Salvo o devido respeito, também me parece haver aqui um enviesamente e uma confusão de planos. Que se acredite que faça bem a leitura da Bíblia e que esse bem-estar possa funcionar como prevenção de maleitas do foro mental é uma coisa. Outra bem diferente é tomar isso como receita (médica) que se possa lançar assim, universalmente, 'do altar para baixo'. E pode ser uma falta grave de respeito pela diversidade de situações, muitas das quais aconselham e recomendam mesmo a consulta de profissionais. 
São dois exemplos - de vários outros que poderia acrescentar - de uma dificuldade de convivência com a esfera secular e de resquícios de tempos de hegemonia e domínio da esfera do religioso, que se pensava ultrapassado.
Há um ditado popular que, muito antes de se falar em "autonomia das realidades terrestres" (expressão curiosa, esta!), já para ela apontava, ao advertir: "Fia-te na Virgem e não corras!"

domingo, 11 de março de 2012

O que fazer na amarga situação da Igreja?

Sob o título "Maldito o homem que confia no homem", o monge e teólogo italiano Enzo Bianchi, prior e fundador da Comunidade de Bose, publicou um artigo na revista Jesus, de março de 2012, que Moisés Sbardelotto, do Instituto Humanitas Unisinos, traduziu para português. O pano de fundo são os múltiplos e sucessivos "casos" que desde a Cúria romana às mais diversas partes da Igreja Católica, mostram que a Igreja, sendo de fundação divina, é afinal bem humana. Eis o texto.

Como reagir ao que está acontecendo na Igreja, nestes últimos tempos de modo mais manifesto do que antes? Lamentar? Já foi feito. Denunciar? Sim, sempre buscando não ofender a caridade nem nomear o "pecador"! Talvez, trata-se também de fazer desses momentos uma ocasião para viver o Evangelho e para continuar amando a Igreja, mesmo que às vezes se devesse concluir que ela é irreformável por ser impermeável ao Evangelho...

Sabemos que a Igreja não é uma realidade atemporal gerada pelo testamento de um fundador: é uma realidade histórica, é história e faz história. Sabemos também que, no lugar estabelecido pelo direito, pode haver a iniquidade (cf. Eclo 3, 16) e que ainda no grupo dos 12 chamados por Jesus ao seu redor e envolvidos na sua vida, a pedra fundamental tem a tentação de reagir como Satanás, e os 12 são lentos para crer, mas prontos para renegar e até mesmo para trair Jesus! Das palavras de Jesus sabemos também que, no campo, no espaço eclesial, trigo e joio crescem juntos, que a cizânia não deve ser erradicada, mas é preciso esperar, ter paciência e voltar o olhar para aquele que será o fruto da colheita.

Então, por que sofrer? Por que lamentar aquele lamento que foi profético na boca e no coração dos profetas do Antigo Testamento, do próprio Jesus que chorou sobre Jerusalém, de homens da Igreja como Basílio, o grande, ou outros Padres do Oriente e do Ocidente? Nestes anos, observamos a deterioração que ocorria sob os nossos olhos: da calúnia e da crítica feroz atiçadas em um submundo traiçoeiro alimentado por blogs e jornalistas complacente às diversas facções, ao denegrimento de homens e mulheres que tinham o único defeito de serem leais, não aduladores, não buscadores de poder e de apoios nas diversas cúrias eclesiais.

Notamos também que, ao grito de alguns – incluindo o próprio cardeal Ratzinger a partir de pelo menos a Via Sacra celebrada na vigília da morte de João Paulo II – que denunciavam o mal-estar eclesial, o carreirismo, a avidez do dinheiro e do poder, seguia-se logo depois uma série de eventos que forneciam motivação a esses lamentos e a essas denúncias.

E contudo: o que fazer, o que dizer diante de uma Igreja que parece ter perdido, em muitos dos seus responsáveis que carregam o fardo do serviço a todos, a tensão em direção à unidade e à caridade? Se antigamente criávamos ateus com imagens distorcidas de Deus por nós fabricadas e pregadas, hoje eles não são mais significativos, e nos encontramos paralisados pelo espetáculo que oferecemos. Os homens e as mulheres não pertencentes à Igreja se sentem confirmados no seu estranhamento com relação aos que se dizem comprometidos com a nova evangelização, enquanto muitos cristãos vão embora silenciosamente, sem contestação, ou tentam viver a fé "apesar da Igreja", etsi ecclesia non daretur.

Bento XVI, na Mensagem para a Quaresma 2012, exorta a redescobrir a dimensão da correção fraterna como constitutiva da vida cristã. De correção, são necessitados o indivíduo assim como a comunidade cristã no seu conjunto, a ekklesía. E a correção ocorre com palavras e obras, assim como a evangelização, a liturgia, a história da salvação.

A degradação da vida eclesial é, acima de tudo, abandono da escuta da Palavra de Deus, tendo saído da postura salvífica da escuta, na qual se recolhe toda a existência da Igreja e da qual só pode proceder todo ato de palavra seu. Mas o primado da Palavra de Deus é tal não só quando está na base da pregação e da palavra magisterial da Igreja, mas também quando regula e corrige o falar intraeclesial, quando se torna ascese da palavra na Igreja para construir uma comunicação "evangélica" que fuja das duplicidades, das mentiras, das manipulações, das adulações.

A franqueza, a “parrésia”, a transparência e também a partilha da palavra, a dimensão comunitária e colegial da palavra são a resposta eclesial à Palavra de Deus que busca comunhão e a cria convertendo o falar humano a partir do exemplo de Jesus, de quem as pessoas diziam: "Ninguém jamais falou como esse homem" (Jo 7, 46).

De Jesus também se dizia: "Ele fez bem todas as coisas" (Mc 7, 37). A escuta da Palavra de Deus é acompanhada pelo agir bom, verdadeiramente magisterial, de muitos, muitíssimos cristãos anônimos e sem holofotes midiáticos, que são igreja santa de Deus mesmo que escondida como cepa em terra seca. Há os mártires, os cristãos perseguidos, há homens e mulheres que se levantam de manhã para trabalhar, que lutam para pôr filhos no mundo e para mantê-los, há pessoas que cotidianamente se consomem curvando-se sobre os seus irmãos sofredores com amor, há muitos cristãos que sofrem intimamente por sua própria inadequação de serem conformes ao Evangelho, mas todos esses não fazem notícia, ninguém os discerne e os observa, ninguém os ouve...

Além disso, isso já não aconteceu com aquele "judeu marginal" que foi Jesus de Nazaré? Quem se deu conta dele durante a sua vida? Quem se interessou pela sua história tecida só de amor e de serviço fiel aos irmãos? Só poucas dezenas de discípulos no meio de uma multidão que acorria a ele só para ganhar pão e assistir a algum milagre...

O que fazer, então, nessa amarga situação? Escutar novamente a Palavra de Deus, escutar o magistério silencioso dos cristãos cotidianos, e resistir de novo e de novo ao diabo, o divisor, combatendo o bom combate da fé todos os dias, confiando somente em Jesus, o Senhor, e lembrando as palavras do profeta Jeremias: "Maldito o homem que confia no homem" (Jer 17, 5). Resta-nos recomeçar a nossa vida cristã dizendo a nós mesmos: hoje é o primeiro dia de vida cristã que me resta para viver!
 (texto italiano: AQUI

sábado, 10 de março de 2012

O nosso pensar e a nossa busca


"Um crente continua sussurrando ao não crente que está em mim: 'Talvez seja verdade'. Um não crente, ao contrário, continua sussurrando ao crente que está em mim: 'Talvez não seja verdade'. E nessa tensão desenvolve-se o nosso pensar e a nossa busca, qualquer que seja o destino".
Apólogo rabínico citado por Martin Buber

Ciência, espiritualidade e justiça


A coluna de Anselmo Borges, no DN deste sábado começa assim:
"Quando se fala da Igreja e do mundo, há, à partida, um equívoco fundamental: a Igreja e as pessoas na Igreja querem dialogar com o mundo, como se também elas não fossem mundo. Ora, há um só mundo, no qual vivemos todos. Os cristãos também vivem neste único mundo, mas a partir da perspectiva do Deus revelado em Jesus Cristo. E dialogam com os outros, dando e recebendo luz, na procura comum da verdade e do sentido.
O equívoco alarga-se e aprofunda-se com o perigo de os "quadros" da Igreja - padres, bispos, papa - poderem viver dentro de um mundo muito artificial: de modo geral, nascem dentro de famílias católicas tradicionais, são formados em ambientes fechados, seguem uma carreira sem riscos, não vivem intensamente o que constitui o grosso das preocupações das pessoas: emprego, filhos, casa... (...)"

Continuar a ler: AQUI

quinta-feira, 1 de março de 2012

Políticos, artistas e religiosos online à volta da esperança

"Personalidades tão diversas como o eurodeputado Paulo Rangel, os cantores Tiago Bettencourt e Carminho, o porta-voz do Papa ou o escritor Jacinto Lucas Pires juntam-se numa iniciativa online para apresentar o seu olhar sobre a esperança. A página web www.essejota.net, da Companhia de Jesus, propõe celebrar deste modo o seu quarto aniversário.

“Ainda há esperança?”. O P. Alberto Brito, sj, Provincial dos jesuítas em Portugal, dá o mote à pergunta, a que procuram responder as reflexões de Isabel Jonet, Paulo Rangel e do jornalista António Marujo. A atriz Cleia Almeida, uma das protagonistas do premiado “Sangue do Meu Sangue”, apresenta um filme, o cantor Tiago Bettencourt comenta um vídeo, o fotógrafo Luís Ferreira Alves escolhe uma imagem, o cartoon é de Luís Afonso e a jornalista Paula Moura Pinheiro fala acerca de um quadro. O livro sugerido por Pedro Mexia, um poema de Manuel António Pina, vencedor do Prémio Camões 2011, a música escolhida pela fadista Carminho e a história contada pelo escritor Jacinto Lucas Pires abrem horizontes acerca de um olhar otimista sobre o futuro.
(...)
O www.essejota.net pretende ser um espaço onde se pode encontrar uma nova forma de falar do mundo, do mistério humano e da fé. A partir das suas secções, trabalhadas quinzenalmente por uma equipa de 110 voluntários, que vão desde a arte ao entretenimento, da reflexão sobre acontecimentos da atualidade a textos de aprofundamento da fé cristã, o essejota.net propõe aos seus leitores um olhar atento e esclarecido sobre a realidade, numa linguagem acessível e adaptada às interrogações das gerações mais novas".

(Informação de essejota.net)

Colóquios CRC: "A Bíblia e o diálogo entre religiões"

O Centro de Reflexão Cristã, sediado em Lisboa, está a realizar o seu já habital ciclo de colóquios de Primavera, este ano dedicado ao tema "Palavra de Deus - A Bíblia e o diálogo entre religiões". O primeiro teve já lugar na passada terça-feira, sobre "Novas hermenêuticas e diálogo entre Cristãos, Judeus e Muçulmanos", com o Pastor Dimas de Almeida e o Pe. Joaquim Carreira das Neves, O.F.M. Seguem-se os restantes três:

Colóquio II
20 de Março de 2012
O Apocalipse e os Milenarismos
Pe. Joaquim Carreira das Neves, O.F.M.
José Augusto Ramos
Pastor Timóteo Cavaco

Colóquio III
17 de Abril de 2012
Como ler as Bíblias (Judaica e Cristã) e o Alcorão
Rabino Eliezer di Martino
Faranaz Keshavjee
Pe. Joaquim Carreira das Neves, O.F.M.

Colóquio IV
19 de Junho de 2012
A Compaixão que nos une
Abdool Karim Vakil
Joshua Ruah
Pe. Peter Stilwell

Local: Centro Nacional de Cultura – Galeria Fernando Pessoa
Largo do Picadeiro, nº 10, 1º - Lisboa.[Metro: Baixa-Chiado].