quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Casamento e início do Sínodo, a originalidade do Papa e os espelhos – de Narciso ou de Jesus

Crónicas

Na crónica de sábado passado, no DN, Anselmo Borges escreve com o Sínodo dos Bispos como pano de fundo, perguntando Casamento católico: indissolúvel?

Estas questões da família são extremamente complexas: a realidade familiar está em mudança e a Igreja Católica é hoje a única instituição verdadeiramente global, tendo, por isso, de lidar com muitas culturas e sensibilidades. Mas, segundo a lógica do Evangelho, a verdade de Deus para o ser humano tem menos que ver com a lei e o dogma do que com a graça e a libertação. Como diz o cardeal Walter Kasper, neste domínio, "para muitos, a doutrina está muito afastada da realidade; há um cisma prático". Francisco vê-se como "o iniciador de um processo; eu espero que seja um processo irreversível". Veremos durante o Sínodo.
(texto para ler aqui na íntegra)


O início do Sínodo é também o mote para  crónica de Fernando Calado Rodrigues, no CM de sexta-feira passada:

Mesmo quem não conhece em profundidade a Igreja Católica, não deve esperar que esta, de repente, reescreva a doutrina que foi consolidando no seu seio ao longo de dois milénios. O que se deve aspirar – e já será um grande salto – é que as formulações doutrinais se adequem aos tempos atuais e deem resposta aos seus problemas.
(texto para ler aqui na íntegra)


Domingo, no Público, frei Bento Domingues referia ainda Julia Kristeva e o Papa Francisco. Com o título Uma profecia em acção, escrevia:

A originalidade do Papa Francisco não consiste apenas em apresentar uma proposta que tem tido uma repercussão absolutamente extraordinária, apesar de todas as resistências encontradas, dentro e fora da Igreja. O que ele tem feito é ajudar a ver que nada pode ser resolvido se não encararmos o mundo a partir dos excluídos, seja qual for o género de exclusão. Mas mesmo isso podia ser apenas um enunciado doutrinal. O que ele faz é uma convocatória universal. Mas uma convocatória é sempre para os outros. Ele tornou-se, pela sua prática de vida pessoal e pastoral, uma convocatória. É possível ser e viver de outra maneira. Ele é uma profecia em acção. 
(texto para ler aqui na íntegra)


Na Voz da Verdade, o comentário de Vítor Gonçalves às leituras bíblicas da liturgia católica de domingo passado, debruçava-se sobre O espelho:

É ao espelho diário do pensamento e da sabedoria que importa perguntar: que vida quero e estou a viver? Como respondo ao olhar cheio de amor que Jesus tem para mim? E trata-se de um espelho que reflecte, e não de um écran que emite e cria o vício de ser espectador do mundo e consumidor de coisas feitas! Viver de e para os écrans é mais uma forma alienante de enriquecimento de coisas supérfluas. O espelho pode também trazer o perigo de Narciso que se apaixonou pela sua imagem. Mas se esse espelho fôr o lago tranquilo dos olhos de Jesus, ele devolver-nos-á sempre a verdadeira imagem de nós mesmos e a verdade do mundo que importa construir!
(texto para ler aqui na íntegra)


Sem comentários: