No final do primeiro dia da sua viagem à Terra Santa, o Papa Bento XVI visitou, em Amã, o Centro Regina Pacis, dirigido por irmãs combonianas e onde trabalham voluntários cristãos e muçulmanos. Excertos do discurso:
Cada um de nós é um peregrino. Estamos todos projectados para a frente, resolutamente, no caminho de Deus. Naturalmente, tendemos todos a dirigir o olhar para trás, para o percurso da nossa vida – por vezes com pesar ou recriminações, muitas vezes com gratidão e apreço –, mas olhamos também para a frente: por vezes com trepidação e ansiedade, mas sempre com expectativa e esperança, sabendo que há também outras pessoas que nos encorajam ao longo do caminho.
O amor incondicionado de Deus, que dá vida a cada ser humano, aponta para um significado e para um objectivo para cada vida humana. O Seu amor é um amor que salva. Como os cristãos professam, é através da Cruz que Jesus de facto nos introduz na vida eterna, indicando-nos o caminho a seguir – o caminho da esperança que nos conduz, passo a passo, ao longo da estrada, de tal modo que nós próprios nos tornemos portadores de esperança e de caridade para os outros.
Diferentemente dos peregrinos de outras épocas, não trago presentes ou ofertas. Venho simplesmente com uma intenção, uma esperança: rezar pelo precioso dom da unidade e da paz, muito especialmente para o Médio Oriente. Paz para os indivíduos, para pais e filhos, para as comunidades, paz para Jerusalém, para a Terra Santa, para a região, paz para toda a família humana – a paz duradoura que nasce da justiça, da integridade, da compaixão, a paz que brota da humildade, do perdão e do desejo profundo de viver em harmonia como uma única realidade.
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