domingo, 17 de maio de 2009

Obama e os movimentos pró-vida

Concretizou-se este domingo a cerimónia da graduação na Universidade Católica de Notre-Dame, nos Estados Unidos da América, para a qual foi convidado a fazer o "commencement address", no meio de grande polémica, o presidente do país, Barack Obama. A polémica foi desencadeada pelos sectores católicos mais radicais, que pretendiam impedir que fosse concedida tamanha honra a um presidente que é pró-escolha em matéria de aborto e que promove a investigação com células estaminais.
Apesar de várias manifestções de protesto, o acto realizou-se, não sem antes terem chegado do Vaticano sinais de moderação.
Vale a pena ler o discurso na ocasião, pronunciado pelo presidente dos EUA. Como seria de esperar, não se esquivou a reflectir sobre a polémica que rodeou a sua participação na cerimónia.
(Crédito da foto: AFP/Getty)

Actualização (18.5.09):
Sobre este mesmo assunto, o jornal diário Página 1, da Renascença, publica hoje o seguinte (a uma coluna, com chamada na primeira página e uma foto de um manifestante a interromper o discurso presidencial):
Obama vaiado
em universidade

O discurso do presidente dos EUA, na Universidade de Notre Dame de South Bend, no estado do Indiana, foi interrompido por activistas pró-vida, que criticaram as posições de Barack Obama em favor do aborto.
Foi necessária a intervenção da polícia para retirar do local as pessoas que interromperam e vaiaram o presidente.
A Universidade de Notre Dame atribuiu a Obama o doutoramento honoris causa, decisão que gerou polémica em vários quadrantes católicos no país.
Para um jornal de inspiração cristã, isto não é sério. Porque não se diz que se trata de uma Universidade Católica, das mais importantes do país? Porque se escamoteia que foi a Universidade Católica que convidou o presidente? Porque não se diz uma palavra sobre o conteúdo das intervenções, que debateram precisamente a polémica suscitada pelo convite? Depois estranha-se que os media laicos tratam mal a religião. Com exemplos destes...

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