Quando fala da Europa das religiões, Vebjörn Horsfjord evoca um “mosaico religioso”. “A diversidade surpreende-me mais do que as semelhanças”, sublinha o secretário-geral do Conselho Europeu de Responsáveis Religiosos. “É difícil estabelecer similitudes porque as situações contrastam muito entre si.” Ser crente na Europa, refere, pode significar ser ortodoxo numa Rússia em plena renovação religiosa, anglicano na Grã-Bretanha numa comunidade em declínio social, ou muçulmano nos Balcãs, onde as religiões devem reinventar uma nova arte de viver depois dos conflitos da década de 1990.
Vebjörn Horsfjord, pastor da Igreja Luterana da Finlândia, poderia realçar uma identidade herdade, cristã, numa Europa onde cerca de 80% dos europeus afirmam pertencer a esta tradição. No entanto ele prefere apontar a secularização e o pluralismo que marcam o continente, e convida a superar o sonho de unidade religiosa. “Na quase totalidade dos países europeus, as religiões hegemónicas ou dominantes não poderão voltar a agir como no passado, dado que elas deixaram de ser maioritárias”, afirma. Esta realidade está igualmente presente nos países do Leste, sob o efeito das migrações. “O diálogo inter-religioso será um desafio para os cristãos orientais, dado que eles não têm a experiência acumulada durante quarenta anos pelas Igrejas ocidentais”, prevê o responsável.
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