terça-feira, 12 de maio de 2009

O Muro que a todos nos envergonha

Esta tarde, em Belém, pude estar junto do muro construído por Israel em nome da sua segurança. Ouvi discursos inflamados de palestinianos que dizem que esta é a sua terra e que os israelitas devem sair. Vários líderes políticos israelitas também falam dos palestinianos como se todos fossem terroristas. De vários responsáveis cristãos na região, o discurso também se deixa invadir pela argumentação política. Cada um reivindica esta terra como sua, sem entender a possibilidade de um património comum. E das potencialidades que a partilha - e já não a disputa - da terra pode trazer para todos. O muro, sinal da incapacidade de nos entendermos, envergonha-nos a todos. Como seres humanos. E, para quem crê, como filhos de Deus.

2 comentários:

Anónimo disse...

O muro a mim não me envergonha. Envergonhava-me mais que se deixasse morrer pessoas assassinadas por bombas-humanas... isso sim!

António Marujo disse...

Parece que o Presidente isrelita, Shimon Peres me deu razão, como se noticiava no Público desta quinta-feira: todos os muros devem ser derrubados, disse ele numa entrevista ao L'Osservatore Romano. É que a mim envergonham-me os muros (que também já matou gente) e as pessoas assassinadas com bombas-humanas.