Depois
de Roma, onde esta quarta-feira termina o encontro da peregrinação de confiança
através da terra, Taizé terá mais uma etapa da sua peregrinação de confiança
através da terra, no final deste 2013 que agora se iniciou, em Estrasburgo. O
bispo da cidade onde se situa o Parlamento Europeu, Jean-Pierre Grallet, diz no La Croix que, pela sua vocação europeia actual,
pela sua história de reconciliação e pela dimensão ecuménica da região da
Alsácia, onde a cidade se situa, Estrasburgo é uma boa escolha para o encontro
europeu de Taizé no final de Dezembro de 2013.
Para este ano de preparação do
encontro de Estrasburgo, Taizé propõe um caminho para “desobstruir as fontes da
confiança em Deus”. A carta “Rumo a uma nova solidariedade”, proposta há um ano
durante o encontro de Berlim, sublinhava: “Através
da sua cruz e da sua ressurreição, Cristo instaurou uma nova solidariedade
entre todas as pessoas. A fragmentação da humanidade em grupos opostos já foi
ultrapassada em Cristo; nele todos constituem uma só família. A
reconciliação com Deus implica a reconciliação entre os homens.”
O encontro de Estrasburgo será também
uma etapa na preparação do Encontro para uma nova solidariedade, que decorrerá em Taizé em
Agosto de 2015. Nessa perspectiva, a comunidade monástica faz quatro propostas para o caminho de “desobstruir as fontes da confiança em Deus”. A primeira delas é
“conversar em grupo
sobre o nosso caminho na fé”, porque “as respostas não
podem estar contidas dentro de fórmulas já feitas” e porque a forma de colocar
a questão de Deus se modificou “profundamente”. A segunda propõe “procurar formas
de encontrar Cristo”, que “não ensinou uma teoria” e cuja credibilidade assenta
na sua humildade e na sua capacidade de devolver a dignidade às pessoas em seu
redor. Jesus “aceitou ser ele próprio desprezado e excluído para não negar o
amor de Deus pelos pobres e pelos excluídos”. Procurar formas de nos apoiarmos
em Deus é a terceira proposta: ter fé “significa deixar de depender dos êxitos
ou dos fracassos e, por isso, em última instância, de nós mesmos, mas de um
Outro que nos ama”. E, na quarta proposta, sugere-se: “Abrir-nos sem medo ao
futuro e aos outros.” Porque “a confiança em Deus faz nascer em nós um novo olhar sobre os outros,
sobre o mundo e sobre o futuro; um olhar de reconhecimento e de esperança; um
olhar atento à beleza. A confiança em Deus liberta a criatividade.”
Em
Roma, durante o encontro, os cerca de 40 mil participantes no encontro – entre
os quais 750 portugueses – viveram um dos momentos de oração com o Papa. Bento
XVI, que rezou com os jovens na Praça de São Pedro, pediu
aos jovens que sejam “portadores de comunhão”.
Nas
mensagens enviadas aos participantes, o patriarca ortodoxo Bartolomeu de
Constantinopla afirmava que a situação do mundo obriga a “adaptar” a mensagem
cristã; também o arcebispo de Cantuária e os secretários-gerais do Conselho
Mundial de Igrejas, da Federação Luterana Mundial e da Comunhão Mundial de
Igrejas Reformadas também enviaram mensagens, tal como o presidente do Conselho
Europeu e as igrejas de Genebra, onde se realizou o encontro europeu se
realizou em 2007.
O secretário-geral da ONU, Ban
Ki Moon, também escreveu dizendo que “esta é uma era de muita incerteza,
mas também de profundas oportunidades” e que “cada um de nós, à nossa maneira,
pode fazer qualquer coisa”.
(Foto reproduzida daqui)
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