O
Papa Bento XVI referiu, na homilia da missa desta manhã, em Roma, que o mundo
está marcado com “focos de tensão e conflito
causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio
duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um
capitalismo financeiro desregrado.
A afirmação na missa de Ano Novo retoma ideias da
mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz, que a Igreja Católica propõe no
início de cada ano. Nesse documento, o Papa fala
também da “tarefa imensa de educar para a paz” em que as comunidades crentes
estão envolvidas “de modo particular”.
Apesar dos problemas que as
sociedades enfrentam, o Papa considerou “as inúmeras obras de paz, de que é
rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz”. E
acrescentou: “Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e
coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem
sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral
fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social,
comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na
verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.”
Também na homilia da missa do
Dia Mundial da Paz, o patriarca de Lisboa referiu as “leis fiscais que penalizam a família; a incapacidade de evitar que
o drama do desemprego se abata sobre famílias inteiras” como dois factores que,
somado às “leis permissivas que não valorizam o aprofundamento” dos valores
constituivos da família, contribuem para o “período difícil” que estamos a
viver.
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