segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Jesus, escravaturas, o tempo, e o Papa

Crónicas

No comentário aos textos da liturgia católica deste último domingo, que celebrava a Epifania, Vítor Gonçalves escrevia, na Voz da Verdade, sob o título Ser mais de Jesus:

O novo caminho dos magos liga-se a este “exame de consciência” que o Papa Francisco nos ofereceu. É um caminho diferente em que deixamos de nos julgar “imortais, imunes e insubstituíveis”, em que abandonamos a “excessiva operosidade”que faz esquecer “a melhor parte”, em que voltamos a ter “os sentimentos de Jesus”, em que abandonamos a “excessiva planificação e o funcionalismo”, em que voltamos a ser “membros de um corpo” e a dizer “preciso de ti”, em que lembramos sempre a “história pessoal com o Senhor” e vencemos o “alzheimer espiritual”. 
(texto completo disponível aqui)


Na crónica de domingo no Público, frei Bento Domingues escrevia sobre Velhas e novas escravaturas, a propósito da mensagem do Papa para o DiaMundial da Paz:

No cristianismo não pode haver senhores e escravos. Só irmãos. Jesus nem servos quer, quer amigos. Talvez não fosse má ideia acabar, de uma vez por todas, com as piedosas evocações de servas e escravas. Que se perderia com isso?
Quando se reza: eis a escrava do Senhor, talvez não se pense, que este Senhor não quer nem escravos nem escravas, mas amigos e amigas. Porque não lhe fazer a vontade?

(texto completo disponível aqui)


No Diário de Notícias de sábado, sob o título O tempo do essencial, Anselmo Borges escreve sobre o tempo, numa altura de mudança de calendário:

Há múltiplas experiências do tempo: uma coisa é o tempo quantitativo, mensurável; outra coisa é o tempo da criação, da beleza, da música, das decisões fundamentais, do amor. Por isso, em grego há duas palavras distintas para o tempo: Chronos, que devora os seus próprios filhos, e kairós, o tempo oportuno, favorável, do amor, da decisão. (...) Por isso, no início de um novo ano, talvez não fosse mau parar um pouco para pensar, meditar e ir ao essencial. Afinal, o tempo é o tempo de nos fazermos, no quadro de um projecto decente e digno. O que queremos fazer de nós, uns com os outros?
(texto completo disponível aqui)


Sexta-feira, no CM, Fernando Calado Rodrigues escrevia sobre O ano do Papa:

Espera-se que ao longo do ano de 2015, a dinâmica que o cardeal Bergoglio desencadeou na Igreja se traduza em legislação. Mantendo-se contudo o primado da misericórdia sobre o legalismo; uma atitude de acolhimento para com os que estão longe da Igreja e de exigência para os que têm maior responsabilidade no seu interior.
(texto completo disponível aqui)

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