Crónicas
Apesar do atraso, vale a pena reter as crónicas habituais das últimas
duas semanas. Os atentados de Paris foram o tema que Vítor Gonçalves tomou, no
seu comentário às leituras bíblicas de domingo passado, na Voz da Verdade. Com o título Ser “Charlie”, escreveu:
Ser “Charlie” é descobrirmo-nos
tão próximos apesar das distâncias, tão ricos pelas diferenças, tão irmãos como
Jesus nos quer ensinar a ser. É preciso mesmo ver para acreditar, como aqueles
primeiros discípulos, que depois tiveram de ir contar a outros. E possamos
sempre sorrir, na liberdade de exprimir ideias e diferenças, salvaguardando a
vida de todos, e com a certeza de que Deus ama cada um, e gosta tanto de rir
connosco!
(Texto completo aqui)
Domingo, no Público, também
frei Bento Domingues escreveu sobre o tema, com o título Suster e prevenir
a barbárie:
Foi muito importante ver aqueles
Chefes de Estado de vários continentes, unidos contra a barbárie e pela
liberdade de todos. Mas, diante das suas responsabilidades históricas e
actuais, que estão a fazer para evitar tragédias semelhantes? Desfilar não pode
ser o único objectivo daquela grande convocatória. O que importa é tocar a
reunir para encontrarem, nas zonas de conflito, onde reina e se desenvolve a
barbárie, os meios adequados para a suster e prevenir.
(Texto completo aqui)
Sábado, no DN, Anselmo
Borges, reflectia sobre a questão do outro, sob o título O sal e a religião:
Estamos confrontados com a questão
do outro. Somos, por natureza, sociais: fazemo-nos uns aos outros, a nossa
identidade é sempre atravessada pela alteridade. Mas o outro enquanto diferença
é ao mesmo tempo espaço de fascínio — quem não gosta de viajar para conhecer
outros povos, outras culturas? — e de perigo — o outro é o desconhecido perante
o qual é preciso prevenir-se.
(Texto completo aqui)
No Correio da Manhã da última
sexta-feira, Fernando Calado Rodrigues intitulou a sua crónica como O
crente não odeia:
Um crente só consegue conviver e
dialogar com pessoas com opções diferentes das suas despindo-se de todo o
fundamentalismo e de toda a intolerância. A Igreja Católica demorou séculos para
o fazer e conseguir conviver com as outras religiões. Só a partir do Concílio
Vaticano II passou a olhar com respeito para as outras crenças. Alguns sectores
no seu interior e noutras confissões religiosas ainda precisam de completar
esse caminho para que não mais se volte a fazer a guerra em nome de uma falsa
imagem de Deus, ou de uma fé que se diz religiosa.
(Texto completo aqui)
Já na semana anterior falara do tema, sob o título O fundamentalismo:
Contudo, e apesar do que está
escrito, também se matou e continua a matar em nome de um errónea conceção da
fé cristã. Continua a matar-se porque, para Jesus, matar não é só tirar a vida,
mas irar-se contra o outro (Mt. 5, 22). Basta percorrer as redes sociais para
se constatar tanto ódio que é destilado por católicos fundamentalistas para com
os que põem em questão o que eles consideram a doutrina ortodoxa e imutável.
(Texto completo aqui)
No Público de 11 de Janeiro,
frei Bento Domingues escrevia sobre o Papa Francisco e o seu programa de Desadaptar
a Igreja:
Pode parecer estranho, mas já deu
muitos sinais de que é isso mesmo que pretende. Importa saber em que sentido.
Parece-me algo diferente da “revolução” temida pelos conservadores e desejada
pelos progressistas. É algo de mais radical.
(Texto completo aqui)
No comentário aos textos da liturgia católica da festa do baptismo de
Jesus, Vítor Gonçalves escrevia sobre a “Genica” de Deus:
gostava que os sacramentos fossem
muito mais “despertadores” do que “adormecedores” da nossa vida cristã; mais
capazes de nos lançar para a luta e para a tensão do que “analgésicos” e
“tranquilizantes” de uma vida “assim-assim”.
(Texto completo aqui)
No DN de 10 de Janeiro,
Anselmo Borges reflectia sobre O tempo da falta de tempo:
Mais uma vez, o sociólogo e
filósofo Hartmut Rosa: "A questão não é que velocidade atingimos, mas em
que medida ela é boa para uma vida boa." Afinal, quando vivemos de
verdade?
(Texto completo aqui)
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