Crónicas
No suplemento Igreja Viva, do
Diário do Minho, Paulo Terroso faz um
primeiro balando do Sínodo dos Bispos, concluído Domingo passado no Vaticano.
Sob o título Nem sim, nem não. Caso a caso, escreve:
Cinco dias passados da conclusão
do Sínodo da família, já todos percebemos que não ficou tudo igual nem tudo na
mesma. Mesmo com todas as tentativas
confrangedoras, diga-se de passagem, de minimizar o significado e o
alcance do documento
final. A aprovação dos parágrafos 84, 85 e 86, que dizem respeito ao
discernimento e integração dos divorciados recasados, caso a caso, com a
maioria qualificada de dois terços, foi rapidamente alvo de desqualificação
por uma minoria, essa sim, supostamente qualificada. A
desvalorização do êxito da votação final é fácil de explicar e de entender. Não
há empate técnico que salve a face de quem entrou na lógica de vencedores e
vencidos ou da famigerada
metáfora do sínodo como se de um jogo de futebol se tratasse. Já
para não falar de algumas crónicas pejadas de ironia corrosiva de
fazer corar qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e que tinham como alvo
famílias feridas pelo divórcio.
(texto aqui na íntegra)
Também Fernando Calado Rodrigues faz uma avaliação do que ocorreu no
Sínodo, no texto com o título Nas mãos do Papa, publicado esta sexta-feira no CM:
Tal como se previa desde o início,
o Sínodo não conseguiu encontrar “soluções exaustivas para todas as
dificuldades e dúvidas que desafiam e ameaçam a família”, como reconheceu o
Papa Francisco no encerramento dos trabalhos. Mas, mesmo assim, permitiu que
fossem abordadas “sem medo e sem esconder a cabeça na areia”. Ficou claro que
não haverá substanciais mudanças doutrinais, mas a linguagem e a práxis
pastoral terá de se adequar às circunstâncias particularmente difíceis das
famílias de hoje.
(texto aqui na íntegra)
(No dia 23, Calado Rodrigues escrevera
sobre a cultura e as missões, a propósito da Semana Missionária; no dia 16, o tema tinha sido A Igreja e as eleições.)
Anselmo Borges falara também do Sínodo (e de outros temas) na crónica da
semana passada, no DN, com o título Cisma
e debandada na Igreja:
Impõe-se um esforço de renovação
em todos estes domínios de "cisma prático". Caso contrário,
continuará a "debandada" na Igreja, para usar a palavra de Francisco
aos bispos portugueses.
(texto aqui na íntegra)
(No dia 17, Anselmo Borges escrevera sobre Religião, política e saúde; hoje, o título é A morte: o último tabu:
É bem possível que, para se
perceber uma sociedade, mais importante do que saber como é que nela se vive é
saber como é que nela se morre e se trata a morte. Facto é que as nossas
sociedades desenvolvidas, tecnocientíficas, do primado do ter sobre o ser, da
eficácia, da vertigem do poder, do tempo digital e da aceleração, são as
primeiras na história a fazer da morte tabu. Mais: assentam a sua realidade no
tabu; para serem o que são, têm de fazer da morte tabu.
(texto aqui na íntegra)
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