No suplemento Igreja Viva, do
Diário do Minho, Paulo Terroso projectava, quinta-feira passada, a viagem que o
Papa hoje terminou a África. Sob o título Os três santos de Bangui, escrevia:
a viagem, quase temerária, à RCA,
surge como resposta ao convite feito pelo imã, o pastor evangélico e o
arcebispo católico aquando da visita ao Papa no Vaticano em 2014. Ao aceitar o
convite Francisco está a dar o maior apoio possível a um dos maiores exemplos
de diálogo inter-religioso tendo em vista a paz.
(texto na íntegra aqui)
Falando sobre o início do Advento, o Papa e os recentes atentados em
Paris, frei Bento Domingues escrevia neste Domingo, no Público, sob o título Deus não passa por nós a
correr:
Quando João Paulo II se opôs, da
forma mais firme, à guerra no Iraque, ignoraram-no. Ele estaria a defender os
interesses cristãos da zona. Quando o Papa Francisco advertiu que era urgente
suster a calamidade do Estado Islâmico, uns ignoraram-no, outros comentaram: o
pacifista converteu-se à guerra justa. Também ele estaria a defender
os cristãos dos massacres que os tinham por alvo preferencial.
Não basta intensificar o diálogo
inter-religioso, embora seja muitíssimo importante que todos confessem que
um deus que incita à violência gera uma religião diabólica, uma
anti-religião.
(texto na íntegra aqui)
Anselmo Borges escrevia também, no DN, a propósito das posições do Papa relativas aos vários conflitos,
nomeadamente centrados no Médio Oriente. Com o título Terceira Guerra
Mundial?, dizia:
Pergunta imensa: o que é que leva
tantos jovens europeus, e não se trata apenas de gente pobre dos arrabaldes das
grandes cidades, a alistar-se para combater no "Estado Islâmico"? Que
ideias, que valores lhes entregamos? Segundo o politólogo Gilles Kepel,
especialista do islão e do mundo árabe contemporâneo, não bastam as explicações
sociológicas, escreve no último L’Obs.
Jovens sem referências, perdidos no meio das desordens do mundo que a torneira
mediática espalha, podem ser tentados a ir procurar num passado mitificado, o
do islão das origens revisitado e falsificado, uma ordem que vai dar-lhes
normas, valores.
(texto na íntegra aqui)
No comentário aos textos da liturgia católica deste primeiro domingo do
Advento, celebrado dia 29, Vítor Gonçalves falava de música e escrevia, sob o
título O melhor está p’ra chegar:
Mesmo em grandes desgraças há mil
e uma pequenas graças que nos revelam algo de bom, algo de grandioso. Como
esquecer os amigos, namorados, ou desconhecidos, que se colocavam à frente das
balas dos terroristas de Paris, para salvar os que amavam ou mesmo quem não
conheciam? Nada justifica o mal, mas perante ele, o bem parece crescer onde não
julgávamos existir! Jesus não quer atemorizar com as suas palavras, antes
convida a “erguer a cabeça”, a “ter cuidado” connosco, e a não deixarmos os
corações tornarem-se pesados pela“intemperança, a embriaguez e as preocupações
da vida”. Quase sinto Jesus a dizer-nos: “Olhem que o melhor ainda virá!”
(texto na íntegra aqui)
Sexta-feira, no CM, Fernando
Calado Rodrigues referiu-se à posse do novo Governo, sob o título O PS e a
Igreja:
Há 40 anos, durante o “Verão
Quente”, o PS liderado por Mário Soares acolheu o apoio da Igreja Católica e
teve como principal interlocutor o cardeal-patriarca de Lisboa, D. António
Ribeiro. Hoje, ainda é muito cedo para perceber qual vai ser o relacionamento
deste governo de maioria de esquerda com a Igreja. As reações da hierarquia
são, para já, cautelosas – apenas dizem que estão disponíveis para colaborar
com qualquer governo, na promoção do bem comum de todos, etc.
(texto na íntegra aqui)